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Gazeta do Sul comemora 76 anos nesta terça

Era janeiro de 1945. Naquela época, Santa Cruz do Sul passava por uma fase de importantes transformações com importantes obras de infraestrutura na área urbana. No mundo, a expectativa era pelo fim da Segunda Guerra Mundial. O Brasil se preparava para as primeiras eleições após o término da Era Vargas, também conhecido como Estado Novo.

Nesse cenário em que as tecnologias eram escassas, a vida fluía em um ritmo diferente no Vale do Rio Pardo. Mas nem por isso menos intenso. Em meio a tantas mudanças e projetando um futuro de crescimento e prosperidade, cerca de dois anos antes um grupo de cidadãos santa-cruzenses uniu-se em torno de um objetivo: possibilitar que a comunidade voltasse a ter um jornal com o noticiário sobre o que acontecia em nível local, mas também com informações relacionadas aos principais acontecimentos do Estado, País e o mundo. Era preciso também dar voz ao veículo com análises e opiniões acerca de assuntos relevantes e por vezes polêmicos.

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Com força de vontade, poucos recursos e um trabalho quase artesanal, no dia 26 de janeiro de 1945 saía às ruas a primeira edição da Gazeta de Santa Cruz. Talvez naquela ocasião os responsáveis pelo novo jornal não tivessem condições de projetar o futuro. Mas seguindo a fórmula infalível até hoje, que combina trabalho, dedicação, comprometimento e honestidade, os autores daquela edição trouxeram de volta o jornal para os santa-cruzenses, que desde 1941, quando ocorreu a extinção do tradicional Kolonie, não contavam com um veículo de comunicação impresso.

No editorial estampado na capa, a mensagem era de que a partir daquele dia voltava-se a ter um jornal no município. Nas conversas com os apoiadores e líderes da época, esses princípios eram reforçados. E entre os envolvidos na empreitada a alegria era inevitável.

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O jovem Francisco José Frantz, que mais tarde tornou-se o diretor da empresa, então com 27 anos, era um dos maiores entusiastas. Ao lado de Leopoldo Morsch e Willy Carlos Fröhlich, os quais eram sócios na Sociedade Técnica Contábil (Soteca), e dos rotarianos Bruno Agnes, Arthur Carlos Kliemann, Rolph Bartholomay e Erny F. Ludwig, além de Ricardo Scherer, era fundada a Editora Santa Cruz Ltda. Para a gráfica, foi fundada a Aloísio Rech & Cia. Ltda., cujo capital era 50% do gráfico Aloísio Rech e a outra metade dividida entre os três sócios da Soteca (Froehlich, Morsch e Frantz).

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Primeira edição da Gazeta de Santa Cruz, em 1945

Foi Frantz que, ao ter o primeiro exemplar impresso, saiu às ruas para comemorar. Ele andou até a casa de sua irmã Annita, que ficava na esquina das atuais Marechal Floriano e Ramiro Barcelos, com o jornal em punho. A gráfica ficava na descida da Ramiro, onde hoje funciona o Sicredi. Ele queria contar para todos que o projeto dera certo e os santa-cruzenses voltariam a ler jornal.

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A história do primeiro dia da então Gazeta de Santa Cruz é um marco para a imprensa local e estadual. Hoje, 76 anos depois, o 26 de janeiro é dia de comemorar o surgimento da Gazeta do Sul, que é atualmente um dos mais longevos veículos de comunicação em atividade com circulação ininterrupta. E de certa forma foi esse o momento que deu origem à Gazeta Grupo de Comunicações, que é composta naturalmente pelo jornal impresso, rádios e Portal Gaz, que todos os meses registra milhões de acessos. Presente em Santa Cruz do Sul, onde fica a sede da empresa, a Gazeta também está em Rio Pardo com a rádio FM 103,5, e na região Centro-Serra, com a Gazeta da Serra e a Gazeta FM Sobradinho 98,1.

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Mais do que ampliar sua atuação, a Gazeta também desempenhou e segue desempenhado um serviço de relevância para a sociedade regional. Por meio de suas coberturas jornalísticas, para cada momento importante na trajetória local, fosse em Santa Cruz ou qualquer parte do Brasil e também no exterior, o jornal teve seus repórteres presentes. Graças a esse trabalho que se tornou conhecido e prestigiado, a Gazeta do Sul mantém sua atividade diária sempre pautada pelos fundamentos assentados nos primeiros tempos.

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