No dia a dia, existem pequenas satisfações das quais, muitas vezes, não nos damos conta e muito menos as compreendemos. Uma delas, certamente, é gastar dinheiro. Depois de um dia chato, ir ao shopping e, ao entrar numa loja preferida, sair de lá com a compra de um item que fazia parte de um sonho de consumo pode ser muito prazeroso. Um comercial de televisão já lembrava que “algumas coisas não tem preço; para outras, existe cartão de crédito”.
Para muita gente, talvez a maioria, comprar e gastar dinheiro é muito gostoso. Mas, existem duas condições iniciais para isso: ter o dinheiro em espécie para gastar ou o crédito em cartões. Como dizia um político, “as consequências vem depois”.
Por que é gostoso gastar dinheiro? Um levantamento do site Gizmodo, realizado com psicólogos comportamentais, listou quatro motivos principais que tornam o gastar dinheiro muito prazeroso:
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Os psicólogos constataram, também, que “gastar dinheiro” não precisa estar necessariamente associado a comprar algo. Muitas pessoas se sentem felizes e satisfeitas em fazer boas ações, como a doação e caridade. A recompensa dessas pessoas não são objetos físicos, mas o sentimento de ajudar alguém.
É claro que o gosto para gastar dinheiro pode transformar o consumidor num comprador impulsivo ou, pior ainda, compulsivo. Um estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas constatou que 44% das compras realizadas pela internet são feitas por impulso. Os dados foram divulgados pelo Serasa, em dezembro de 2021, mostrando que as compras não planejadas podem acabar num grande problema quando se tornam um hábito. O Serasa recomenda que o consumidor, antes de realizar uma compra, se faça algumas perguntas:
Por isso, mesmo sendo gostoso gastar dinheiro, pelos motivos expostos acima ou por outro, é necessário ter algum planejamento, a não ser que o consumidor disponha de recursos financeiros que lhe permitem não preocupar-se com isso. Para a maior parte da população, entretanto, vale observar três passos básicos:
Mesmo para pessoas “mão de vaca”, gastar dinheiro é inevitável e para a maioria pode ser muito gostoso, mas, também, gerar mais problemas do que a simples satisfação momentânea. Muitas das dificuldades financeiras, enfrentadas por milhões de brasileiros, são decorrentes de compras e contratações realizadas por simples prazer. Para evitar sufocos e ter que recorrer a empréstimos, um dos quais é o fácil e caro cheque especial, é imprescindível dar atenção à organização e ao planejamento financeiro.
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A educação financeira vai ajudar nisso porque, muito além de técnicas – saber fazer algumas contas, pesquisar produtos, cotar preços, elaborar um orçamento, anotar receitas e pagamentos, preencher planilhas, conhecer produtos financeiros e estratégias de investimentos, etc – ela é uma ciência comportamental porque lida com propósitos e sonhos. As pessoas não se dão conta que o descontrole financeiro tem origem em maus hábitos e comportamentos, provocados pelo desequilíbrio entre o “ser” e o “ter”. Muitas vezes, as pessoas não são o que aparentam ou ostentam. Isso é que precisa ser corrigido. Existem inúmeras iniciativas no país, privadas e públicas, que se propõem a ensinar educação financeira. Uma delas é a DSOP Educação Financeira, de São Paulo, presente em todos os Estados do Brasil e até em outros países.
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