O preço da gasolina em Santa Cruz do Sul voltou a beirar os R$ 5,00 nos últimos dias, trazendo mais uma vez à tona a discussão acerca dos motivos que levam aos valores praticados no município, especialmente quando comparados com os de outras cidades da região, onde o litro do tipo comum chega a ser 10% mais barato.

Com o intuito de entender essa diferença e as causas, o vereador Alberto Heck (PT) convocou uma reunião especial na Câmara de Vereadores, que será realizada às 16h30 desta segunda-feira, 30. Entre os presentes estarão o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, e o coordenador do Procon, Marcelo Estula. Não haverá presença de público, mas é possível assistir pela internet, pelos canais oficiais do Legislativo nas redes sociais.

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Conforme o levantamento divulgado pelo Procon na última sexta-feira, 27, o menor preço para a gasolina comum na área urbana de Santa Cruz era de R$ 4,83, enquanto o maior valor foi de R$ 4,99 em diversos estabelecimentos. A exemplo do que já ocorre há vários meses, o posto da Linha Pinheiral, ainda que seja integrante da mesma rede de diversos outros no município, é o que apresenta o preço mais baixo, R$ 4,57. Considerando em 50 litros o tamanho médio do tanque de combustível de um carro popular, a diferença de R$ 0,42 por litro se transforma em economia de R$ 21,00 ao completar.

Outra reclamação antiga e constante dos motoristas santa-cruzenses diz respeito aos valores cobrados pela gasolina em outros municípios da região central, geralmente bem mais baixos. O Procon também divulgou o valor mais barato, registrado em Lajeado, a cerca de 60 quilômetros de Santa Cruz, onde o tipo comum pode ser encontrado a R$ 4,39 em um posto na BR-386 e a R$ 4,40 na área urbana.

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Essa diferença de valores para municípios tão próximos motivou a reunião na Câmara de Vereadores, de iniciativa de Heck. “É um debate que se faz necessário. É uma matemática extremamente difícil essa do preço e que nós temos dificuldade de compreender. Alguém precisa nos explicar”, afirmou, em entrevista à Rádio Gazeta.

Além dos representantes do MP e do Procon, o convite foi enviado ao Sulpetro, sindicato que representa os revendedores dos postos de combustíveis. Contudo, a entidade afirmou em nota que não interfere nos valores praticados e, por isso, não vai comparecer ao encontro desta tarde em Santa Cruz.

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Preço nas refinarias é o maior em 3 meses

Também na semana passada, a Petrobras reajustou mais uma vez o preço da gasolina nas suas refinarias, que subiu 6% e passou a custar R$ 1,73 por litro. É o maior valor praticado nos últimos três meses. A estatal defende que seus preços levam em conta a competitividade do mercado internacional e são impactados pelas cotações do dólar e do câmbio. O aumento ocorre em meio à firme alta no valor do petróleo, que tem sido impulsionada pelas expectativas de uma vacina contra a Covid-19 e também pela transição de governo nos Estados Unidos.

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