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Gás de cozinha acumula sucessivos aumentos e se aproxima dos R$ 100

A exemplo do que ocorre com a gasolina, o preço do gás de cozinha vem registrando sucessivos aumentos em Santa Cruz do Sul. O produto, que é necessidade básica para a imensa maioria das famílias, já teve elevação de cerca de R$ 20,00 desde o início do ano no município. Segundo o levantamento do Procon, em janeiro o botijão de 13 quilos era vendido a R$ 76,00 na telentrega, enquanto na última pesquisa, realizada no dia 30 de março, esse valor já era de R$ 94,00. Conforme os dados da Petrobras, os reajustes às distribuidoras em 2021 já somam 17%.

De acordo com o empresário Marcelo Moschetta, proprietário de uma revenda de gás em Santa Cruz do Sul, a procura diminuiu desde o início da pandemia. Entre os motivos apontados por ele estão o horário reduzido ou mesmo o fechamento dos restaurantes e também a interrupção das atividades nas escolas. O consumo residencial, que chegou a registrar aumento durante um período, acabou se normalizando. Na comparação com março do ano passado, Moschetta revela que a queda nas vendas neste ano foi de 10%.

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O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet, afirma que a Petrobras vem praticando reajustes mensais de, em média, 5% desde maio do ano passado, o que representa um acumulado de 83% no período. “Em dinheiro, isso significa que um botijão na refinaria, sem a margem da distribuidora, sem a margem da revenda e sem os impostos, custava R$ 21,70 e passou para R$ 39,70. São R$ 18,00 a mais”, destaca.

Ainda de acordo com Tonet, a aplicação dessas margens e também da carga de impostos, especialmente do ICMS, faz o aumento chegar a R$ 25,00 ao consumidor final, em média. “Nós estávamos com um preço médio abaixo de R$ 70,00 no Rio Grande do Sul, e hoje ele está acima de R$ 80,00. Podemos perceber que houve uma absorção de custos nas refinarias e distribuidoras, mas ainda onera de forma dramática o consumidor.”

Confusão entre os tipos de gás
Recentemente a Petrobras anunciou um reajuste de 39% para o gás natural (GN), notícia que preocupou muitos consumidores. No entanto, o GN não é o mesmo tipo utilizado nos botijões, que é o gás liquefeito de petróleo (GLP) e responde por mais de 90% do consumo residencial no Brasil. Ainda assim, o GN é utilizado em indústrias, como combustível para veículos e também na geração de energia elétrica, e seu custo mais elevado reflete indiretamente ao consumidor final.

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