A poda inadequada de algumas árvores está trazendo dor de cabeça e prejuízos para os proprietários de empresas de transporte de Santa Cruz do Sul e região. Os galhos das tipuanas da Rua Marechal Floriano, na quadra entre as ruas Manoel Antônio de Barros e Senador Pinheiro Machado, no Centro, além de atrapalharem a passagem dos caminhões baús e reboques, provocam danos na lateral de vários deles.
Além deste ponto, na Avenida Independência, próximo da rótula do 2001, uma árvore chega a invadir quase um metro para dentro na via. Na Rua Afonso Pena, no Bairro Goiás, os galhos de árvore de outra espécie cresceram tanto que ocupam parte da rua, dificultando a passagem até mesmo de veículos menores.
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O proprietário das Carrocerias Policena, Leandro Policena, comenta que o número de caminhões danificados nos últimos anos aumentou significativamente. “Por semana chegam em média três veículos para conserto, quase todos com danos na lateral direita superior frontal. Alguns com grandes avarias, que resultam em perda total”, comenta.
Ele acredita que as podas inadequadas são o principal problema. “Podam somente o miolo das árvores e os galhos acabaram sendo projetados para a via. Com isso, engancham nos caminhões e veículos de grande porte.”
Com isso, estacionar em pontos encobertos pelos galhos das árvores requer do motorista maior atenção. Com cinco veículos danificados nos últimos seis meses, o supervisor de frota do Grupo Dupont, Anderson Graff, afirma que os condutores ainda têm o risco de se incomodar e serem punidos por desobediência ao artigo 182 do Código de Trânsito Brasileiro.
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A lei determina que é preciso estacionar o veículo a, no máximo, 50 centímetros do meio-fio. “Volta e meia temos um caminhão batido. E muitos não conseguem chegar mais próximo do meio-fio e acabam ocupando parte da via, atrapalhando o fluxo de outros veículos. A gente se incomoda muito”, destaca.
As árvores também interferem na sinalização em alguns pontos. Na esquina das ruas Senador Pinheiro Machado e Marechal Floriano, em frente a um comércio de pneus, os galhos também encobrem uma sinaleira. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, em nota assinada pelo responsável da pasta, Jaques Eisenberger, informou que fará nos próximos dias uma avaliação dos locais relatados juntamente com uma bióloga da Prefeitura.
Fios baixos também se transformaram em um grande problema para os motoristas
Condutores e proprietários de empresas de transporte relatam também que fios da rede de telefonia, por estarem mais baixos, aumentam os riscos de acidentes. Exemplo disso foi o caso ocorrido no início do mês passado, quando um caminhão Ford Cargo 4030, com placas de Santa Cruz, atingiu cabos que cruzavam a Avenida João Pessoa, no cruzamento com o Corredor Fredolino do Nascimento, na área central. O incidente deixou diversos moradores sem energia elétrica, pois dois postes foram derrubados.
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O proprietário do veículo e da empresa LKC Transportes, Alaor Canez, esclareceu que orienta os transportadores a terem mais cuidado com os fios, especialmente de telefonia e internet, embora os caminhões de todas as empresas estejam de acordo com a legislação, na altura permitida. “Com o calor os fios cedem e ficam mais baixos do que o indicado. Se for analisar, no Parque Europa e na Pedreira dá para pegar os fios com as mãos, de tão baixos que eles estão”, explica.
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