Gabriel Medina encerrou o jejum de vitórias na World Surf League (WSL) nesta sexta-feira, 28. O tricampeão mundial mostrou todo o seu talento na final da etapa de Margaret River, na Austrália, para superar o americano Griffin Colapinto por 17,50 a 12,27. O brasileiro não vencia uma etapa desde setembro de 2021.
“É muito especial vencer aqui. É um local onde sofri para avançar em cada bateria. Foi muito bem ter ondas legais e buscar a vitória. Estou me sentindo melhor agora, como se estivesse recuperando meu ritmo novamente”, comemorou o brasileiro, que nunca havia vencido em Margaret River. “As ondas daqui são difíceis de surfar, estou feliz com a minha evolução aqui.”
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Medina se tornou o primeiro surfista “goofy” a vencer esta etapa australiana em 33 anos no Circuito Mundial. Surfistas “goofy”, pouco comuns no campeonato, formam a base, sobre a prancha, com o pé direito na frente, deixando o apoio no pé esquerdo.
O brasileiro chegou a sua 17ª vitória em etapas no Circuito. E mostrou que está de volta à briga por triunfos e até pelo título. Medina não levantava um troféu desde que venceu a WSL Finals, a etapa decisiva do campeonato, em Trestles, em setembro de 2021. Desde então, viveu alguns momentos difíceis em sua vida particular, com divórcio e questões familiares.
Por isso, decidiu ficar fora da primeira metade da temporada passada, saindo da briga pelo título de 2022. Neste ano, até a etapa de Margaret River, a quinta da temporada atual, ele ainda não havia mostrado sua habilidade sobre as ondas.
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Suas melhores performances no mar australiano começou nas quartas de final, ainda na quinta-feira, pelo horário de Brasília. Ele superou o compatriota e atual campeão mundial Filipe Toledo, o Filipinho, por 14,00 a 7,00. Outro brasileiro na disputa, João “Chumbinho” Chianca passou sem sustos pelo australiano Connor O’Leary, com 11,24 a 5,50.
Na semifinal, então, Medina protagonizou novo duelo totalmente brasileiro na etapa. A busca pela final começou com Chumbinho anotando 5,67. Depois ainda realizou manobra para nota 5. Medina sofria para encontrar boas ondas até encaixar a melhor da série, com 6. Ele conseguiu virar na última onda, quando restavam 1 minuto e 12 segundos, registrando um 6,5 e avançando à inédita final na temporada após ter caído nas oitavas de final em todas as etapas anteriores com 12,50 a 10,67.
Do outro lado, Colapinto e o havaiano John John Florence, destaque na etapa de Margaret River ao somar as melhores notas da etapa até a terceira fase, avançaram para se enfrentarem na outra semifinal após passarem pelo americano Barron Mamiya e o australiano Ethan Ewing, respectivamente. Colapinto levou a melhor, por 17,50 a 11,27.
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O resultado da etapa australiana colocou Medina na briga pelo título da temporada. Ele saltou quatro posições na classificação geral e agora figura em sétimo lugar, com 19,960 pontos, na luta para entrar no Top 5, que definem aqueles surfistas que vão disputar a grande final da temporada.
O líder do ranking é o brasileiro Chumbinho, com 28,255. Filipinho é o segundo colocado, com 25,575. A dupla nacional é seguida de perto pelo australiano Jack Robinson (25,215), por Colapinto (25,090) e pelo também australiano Ethan Ewing (22,810).
Na outra chave de Margaret River, a havaiana Carissa Moore e a australiana Tyler Wright fizeram equilibrado duelo, vencido pela primeira, por 11,10 a 9,17. A brasileira Tatiana Weston-Webb, já classificada para a Olimpíada de Paris 2024, havia sido eliminada nas oitavas de final.
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