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Gabiru visita Santa Cruz e relembra o título de campeão mundial

Adriano Gabiru ficou imortalizado no panteão de ídolos colorados há 13 anos. Na final do Mundial de Clubes da Fifa, em Yokohama, estava no banco até os 31 minutos do segundo tempo quando o técnico Abel Braga decidiu colocá-lo na vaga de Fernandão, então capitão e estrela máxima do elenco. O descrédito foi total. Porém, o meia alagoano recebeu um passe de Iarley entre os zagueiros do Barcelona, dominou com a perna direita e arrematou de bico para vencer o goleiro Victor Valdés, aos 36 minutos. O mundo era tingido de vermelho e branco.

No último domingo, o ex-atleta de 42 anos esteve na 3ª Copa Colômbia, em Santa Cruz do Sul, no Campo das Taquareiras, em Linha João Alves. O evento, realizado sempre na semana do dia 17 de dezembro, foi organizado pelo Bonde Colômbia, Consulado de Santa Cruz do Sul e participação do Consulado de Encruzilhada do Sul, Nojeiras e Gurias Coloradas. Ao lado do amigo Perdigão, Gabiru abraçou torcedores e tirou fotos. A “dupla dinâmica”, como se intitulam, mora em Curitiba e tem participado de iniciativas dos colorados pelo Estado.

Se Gabiru guardava mágoa do Inter, já a deixou de lado. Uma ação trabalhista movida por ele havia estremecido a relação. Em 2014, quando o Beira-Rio foi reinaugurado após a reforma para a Copa do Mundo, foi carregado nos ombros por ex-companheiros e recebeu homenagens. As críticas da torcida ficaram de lado ainda em 2006. No desembarque em Porto Alegre, com a taça conquistada no Japão nos braços, placas diziam: “Me perdoa, Gabiru!” e “Gabiru é melhor que o Ronaldinho”. As chuteiras foram penduradas oficialmente em 2017, depois de passagens por clubes amadores.

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Para o volante Perdigão, a festa pelo título mundial não termina nunca. “A gente agradece o carinho da torcida colorada. Fico muito feliz por ter feito parte deste momento bonito na história do Internacional”, disse. O ex-jogador aposta em um 2020 promissor para o Colorado. “O Inter é gigante. A cobrança é enorme. Por ser um clube vitorioso, a torcida está acostumada a ganhar títulos. Vamos torcer por um ano em que as coisas aconteçam no Inter. Sou colorado e espero que a torcida seja presenteada”, ressaltou. Perdigão afirma não ter saudade dos gramados. “Não volta mais. Temos que aproveitar o carinho do povo que nos prestigia. Continuar fazendo parte da história do Inter é o mais importante”, sentenciou.

Por que Bonde Colômbia?
Desde 2007, há uma excursão de torcedores colorados em Santa Cruz do Sul. Segundo o cônsul do Inter na cidade, Binho Haas, o grupo cunhou o nome Bonde Colômbia por causa de uma música em homenagem ao atacante colombiano Wason Rentería, que atuava no Inter na época. Nos últimos três anos, um evento na semana do título mundial é realizado, com um campeonato, churrasco e música.

Entrevista
Gazeta do Sul – Após 13 anos da conquista, tu ainda sonhas com o gol?
Gabiru – Eu sonho sim. Sempre vejo os vídeos do Mundial. Fica nos pensamentos de todos os colorados. Fico muito feliz pela lembrança. Foi muito importante para mim.

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Como tem sido o relacionamento com o clube e os torcedores?
Nunca me afastei. Tenho amor pelo clube. Se eu morasse no Rio Grande do Sul, seria mais próximo. Mas estou com a família em Curitiba, assim como o Perdigão. Não tive nada contra a torcida. Fiz meu papel, trabalhei bastante. Fiz um gol importante. Todo mundo se ajudou em campo. Em qualquer lugar do mundo, as pessoas me reconhecem. E eu agradeço a Deus por isso.

E em relação ao Inter de 2019?
Não foi o ano que o torcedor colorado queria. Vai ter que jogar a pré-Libertadores no ano que vem. Mas está voltando a buscar coisas grandes depois de jogar a Série B. O Inter merece brigar por títulos. É gigante.

Como tem sido a vida de ex-jogador?
Passo muito tempo com a família. Moramos em Curitiba. Por coincidência, tenho filhos gêmeos que fazem aniversário no dia 17 de dezembro. Luiggi e Lucca vão completar 16 anos. Não ligo mais para o futebol. Só uma “peladinha” de vez em quando, por lazer. O importante é curtir a vida, não se estressar. Faço eventos com o Perdigão, convivendo com essa galera feliz. Desejo muita paz e um feliz Natal e Ano Novo. Quem sabe, daqui a uns anos, o Inter não volta a conquistar um Mundial.

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