A exemplo da polarização da eleição presidencial de 2018 e seus continuados efeitos colaterais negativos, não acredito que haverá mudanças comportamentais após o atual pleito. Tudo se agravará.
Não bastassem os desafios sociais e fiscais, que exigirão medidas austeras e sobrecarregarão o próximo governo, também advirão efeitos da crise mundial, igualmente em curso e crescente.
Além disso, ficarão pendentes e agravados vários aspectos relacionais e institucionais. Afinal, é evidente que as instituições republicanas perderam representatividade e credibilidade.
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O Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o governo federal restaram comprometidos em suas obrigações. Frequentes omissões, agressões e abusos, atos de autodesmoralização pessoal e institucional, invasões de competências alheias, obrigações de isenção e independência sistematicamente comprometidas são alguns exemplos negativos entre dezenas.
O sistema de pesos e contrapesos institucionais, base da teoria de separação dos poderes de Estado, foi vitimado pelo personalismo, pelo autoritarismo e pela arrogância de ilustres figuras da República. Como que vitimado por contágio comportamental, também o ambiente não governamental restou contaminado e fracionado. Tão comum e frequente no meio acadêmico e artístico, o “patrulhamento” ideológico alcançou e contaminou também até mesmo a dita grande mídia e a imprensa tradicional.
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Em resumo, não se trata de responsabilizar integralmente Bolsonaro e Lula (que deram um show de mediocridade e populismo) pelo semeado caos social e institucional, mas sim preocupar-se imensamente com a nossa fragilidade coletiva e cívica, emocional e comportamental.
Como que descompromissadas crianças, continuamos brincando de república e democracia!
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