Passados dois meses do prazo inicial previsto para a entrega da obra, a ampliação do calçadão da Rua Marechal Floriano está sob impasse. Sem avanços há várias semanas e com apenas 12% dos trabalhos concluídos, a Prefeitura estuda uma saída para a situação. Uma das alternativas é a rescisão do contrato com a empresa responsável e a reavaliação de todo o projeto.
Os trabalhos tiveram início em junho do ano passado. Desde então, a empresa Progetto Sul, de Lajeado, que foi a vencedora da licitação, já foi multada duas vezes em função de descumprimentos contratuais, como número de trabalhadores na obra inferior ao estabelecido. As penalidades, porém, ainda estão em fase de recurso.
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Pelo contrato, os trabalhos deveriam ter sido concluídos em novembro, oito meses após a assinatura do termo de início. Até agora, porém, as intervenções começaram em apenas duas das cinco quadras previstas e não foram concluídas em nenhuma delas.
A morosidade e a falta de fiscalização por parte da Prefeitura levaram o Ministério Público, em outubro, a ajuizar uma ação civil pública cobrando providências. Já em novembro, o governo decidiu suspender os bloqueios de trânsito para não prejudicar as vendas de Natal do comércio. A partir de então, a obra praticamente paralisou. Atualmente, além da falta de avanços, há trechos com depósitos de materiais e sem calçamento, o que impõe um aspecto de abandono e dificuldades aos pedestres e comerciantes.
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Ainda na semana passada, o vice-prefeito e secretário municipal de Planejamento, Elstor Desbessell (PL), reuniu-se com representantes da empresa. Segundo ele, o assunto está sob análise da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e de técnicos do Município, e uma decisão deve ser anunciada nos próximos dias. Já é certo, no entanto, que não há condições de concluir a obra em março, conforme foi previsto em julho. Procurada, a Progetto não quis se manifestar.
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Concebido pelo governo Telmo Kirst (PSD), o projeto tem custo estimado em R$ 4,1 milhões, com recursos do Badesul e contrapartida do Município, e prevê a substituição da pavimentação e do calçamento, com a implantação de floreiras, a ampliação da calçada nas três quadras entre as ruas Tiradentes e 28 de setembro e a revitalização do trecho já existente até a Ramiro Barcelos, entre outros.
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“DESCASO”, DIZ COMERCIANTE
Enquanto a obra não anda, moradores e comerciantes da Floriano convivem com transtornos. Sócia-proprietária de uma loja de assistência técnica de celulares perto do Monumento ao Imigrante, Tanuze Paranhos lamenta o que considera um descaso com o principal cartão-postal de Santa Cruz.
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Segundo ela, embora a liberação do tráfego tenha melhorado o movimento, a falta de estacionamento e as condições da calçada dificultam o acesso dos clientes ao estabelecimento. “E agora passamos o tempo todo tendo que limpar a loja porque as pessoas que entram trazem barro. Não poderiam ter deixado chegar nesse nível”, observa.
Ainda que reconheça os aspectos positivos do projeto, para ela, a lentidão é inaceitável. “Sabemos que vai ficar lindo e vai ajudar todo mundo, mas considerando que é a rua principal, uma cidade tão bonita, isso deveria acontecer com mais agilidade.”
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