Em sua primeira reunião, após substituir o Comitê Executivo, o Conselho da Fifa anunciou nesta terça-feira,10, que a futura sede da Copa do Mundo de 2026 será escolhida em maio de 2020. Será o primeiro processo de escolha desde a polêmica eleição que definiu a Rússia e o Catar como sedes dos Mundiais de 2018 e 2022, respectivamente, ainda no ano de 2010.
Reunidos na Cidade do México, na véspera do Congresso da Fifa, os principais dirigentes da entidade decidiram que o novo processo de escolha da sede da Copa contará com quatro fases. A nova etapa será a primeira, a ser realizada entre maio deste ano e maio de 2017.
Chamada de fase de consulta e estratégia, a etapa contará com uma análise profunda dos países candidatos a receber a Copa de 2026. Segundo a Fifa, um dos focos desta fase será a avaliação dos requisitos de direitos humanos, de gestão sustentável e proteção ao meio ambiente.
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A inclusão destes critérios no processo de escolha das sedes é uma clara resposta às críticas que a Fifa vem recebendo em razão da opção pelo Catar para sediar a Copa de 2022. O país é alvo de seguidas denúncias de trabalho irregular e abusivo quanto à atuação dos operários que constroem estádios e obras de infraestrutura. A etapa também responde às críticas ambientais que o Brasil recebeu por erguer obras de infraestrutura em locais inadequados.
Nesta mesma etapa, a Fifa pretende excluir candidatos que não apresentem os requisitos técnicos para sediar o grande evento. E vai avaliar também possíveis candidaturas conjuntas, como aquela que deu origem à Copa de 2002, na Coreia do Sul e no Japão.
Ainda nesta fase, o Conselho da Fifa indicou que poderá aceitar propostas para ampliar o tamanho da Copa do Mundo. Ao afirmar que vai avaliar o “número de times”, a entidade mostra que considera a possibilidade de contar com um Mundial com mais de 32 seleções. Se isso acontecer, será a confirmação do projeto do suíço Gianni Infantino, que prometeu fazer uma Copa com até 40 equipes em sua campanha para virar presidente.
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As três demais fases de avaliação serão realizadas entre junho de 2017 e dezembro de 2018, janeiro de 2019 e fevereiro de 2020, e maio de 2020. Com este cronograma, todo o processo de escolha da sede levará quatro anos. Antes, o procedimento levava apenas dois anos.