Criminosos deixam rastro de destruição
A sequência de furtos de defensivos agrícolas, maquinários e equipamentos em propriedades nas regiões de interior do Vale do Rio Pardo foi tema de uma reunião na manhã dessa sexta-feira, 19, na sede administrativa da Sicredi, em Santa Cruz do Sul. O encontro reuniu produtores, entidades de classe, revendas de insumos, poder público e órgãos de segurança pública.
Na ocasião, foram apresentados os prejuízos estimados nas 11 propriedades rurais onde furtos ocorreram recentemente. Ao todo, o valor perdido em insumos, máquinas e equipamentos levados pelos criminosos passa de R$ 1,5 milhão. “Não suportamos mais essa situação de extrema insegurança que estamos vivendo. Não é possível sairmos de últimas safras de perdas pela seca e agora estarmos perdendo por furtos. Isso é lamentável”, comentou o produtor rural Mauricio Piccin, proprietário da Fazenda Santo Antônio, de General Câmara.
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Piccin foi uma das vítimas e lidera o movimento entre os agricultores que pedem mais atenção das polícias. “Reunimos as forças de segurança para pedir uma celeridade maior nas investigações e a construção de alternativas de prevenção a essa problemática”, complementou o fazendeiro. Ele acredita que, pelas semelhanças no modo de agir dos criminosos, trata-se de uma mesma quadrilha, bem organizada, agindo em toda a região.
Assim como os outros produtores, ele cobra a identificação e a prisão dos autores dos delitos. “São criminosos que não param em nenhum obstáculo, cortando cercas normais e elétricas, envenenando cães, quebrando portas. Eles conhecem o produto, para o que se usa, quem vende e quem compra. Essa cadeia toda precisa ser desbaratada”, enfatizou o proprietário da Fazenda Santo Antônio.
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Em um espaço reservado, líderes das polícias presentes no evento conversaram com vítimas de furtos em suas propriedades. Informações que podem ajudar na captura dos autores foram fornecidas. Pela Polícia Civil, compareceu o delegado Marcelo Chiara Teixeira, chefe da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), que representou no ato a 16ª Delegacia Regional de Polícia (16ª DRP). Ele reiterou que a Polícia Civil, por meio das respectivas delegacias, trabalha nas investigações para identificar os autores dos crimes.
Representando a Brigada Militar, esteve presente o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), coronel Giovani Paim Moresco. Ele ressaltou a importância da aproximação entre as forças de segurança e os agricultores para preservar a tranquilidade na região.
Destacou que o compartilhamento de informações e o envolvimento da comunidade rural fortalecem o trabalho da Brigada Militar. Conforme Moresco, a partir desse encontro, haverá um planejamento para aumentar as visitas rotineiras da patrulha rural nas propriedades do Vale do Rio Pardo. Além disso, a Brigada Militar está empenhada em promover outras estratégias para a segurança e o bem-estar da comunidade.
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