O anúncio de mudança na jornada de trabalho causou insatisfação nos funcionários do turno da noite do Hospital Santa Cruz (HSC). Os 116 trabalhadores que atuam em horário noturno protestaram contra a alteração na tarde desta quarta-feira, 25, em frente à instituição de saúde. Alguns deles chegaram a utilizar narizes de palhaço.
Atualmente, os funcionários atuam por 12 horas e têm uma folga de 36 horas. A alteração propõe que passem a trabalhar diariamente por seis horas. Essa modificação preocupa os servidores, como explica o presidente do Sindisaúde, José Carlos Haas. “Essa alteração irá impactar na vida social e econômica dos trabalhadores. Muitos deles possuem outros empregos. Como vai ficar essa situação?”, questiona. “A maioria dos funcionários é do sexo feminino. Elas têm filhos, família. Essa alteração vai acabar refletindo na casa de saúde”, comentou.
A mudança na jornada de trabalho foi informada aos funcionários em uma reunião na segunda-feira, 21. O diretor administrativo do Hospital Santa Cruz (HSC), Egardo Orlando Kuentzer, explica que a iniciativa não partiu da instituição, mas trata-se de uma adequação exigida pelo Ministério do Trabalho. “Tivemos que assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e por isso teremos que nos adequar. A legislação estabele que os funcionários não podem exceder a jornada de oito horas por se tratar de uma atividade insalubre”, frisou.
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Segundo Kuentzer, a medida não irá atingir apenas o HSC, mas todos os hospitais. A previsão inicial é que a modificação entre em vigor no dia 15 de janeiro, mas devido à insatisfação dos funcionários, a instituição de saúde está tentando postergar até março de 2016. A definição da data na qual ocorre a mudança na jornada acontecerá na segunda-feira, 30. Neste dia a direção irá passar listas para que os funcionários manifestem o horário em que preferem trabalhar e se têm interesse em atuar no turno diurno.
Haas: mudança irá refletir na casa de saúde
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