Pelo segundo dia consecutivo, funcionários e colaboradores do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo, em Rio Pardo, reuniram-se para protestar contra o atraso no pagamento dos salários. Os valores deveriam ter sido creditados até o quinto dia útil deste mês.
Por volta das 8 horas dessa quinta-feira, 18, um grupo de 20 representantes dos profissionais de saúde percorreu a Rua Andrade Neves em direção à Prefeitura. A intenção era pedir respostas sobre a previsão de pagamento. A prefeita em exercício, Rosane Rocha, acompanhada do procurador do Município, Hamilton Silveira, e da secretária municipal de Saúde, Sucila Leipnitz, recebeu parte dos manifestantes.
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Rosane explicou que no último dia 4 a Prefeitura depositou judicialmente o valor de R$ 1.754.334,64, referente ao pagamento das despesas do hospital, incluindo a folha de salários. “Este era o nosso papel e nós o honramos”, afirmou. Os funcionários, por sua vez, disseram que se sentem desamparados. Segundo eles, desde que houve a intervenção no hospital, não houve nenhum diálogo com representantes do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS).
Em entrevista à Rádio Rio Pardo FM 103,5 na manhã dessa quinta-feira, 18, a diretora administrativa do instituto, Cláudia Abreu, esclareceu que aguarda um alvará da Justiça para liberar os recursos. “Entendemos a situação dos funcionários, mas temos a compreensão de que existe um trâmite burocrático que tem que ser feito com a maior segurança possível”, disse. Segundo ela, os valores depositados pela Prefeitura devem ser destinados ao pagamento de 17 itens, dentre eles, a folha salarial dos funcionários e colaboradores, vale-transporte e FGTS, além de outros serviços e tributos.
Sobre o atraso na liberação dos recursos, a juíza da 1ª Vara de Rio Pardo, Magali Wickert de Oliveira, explicou que aguarda o número de uma conta idônea por parte da administração provisória do hospital. “ O administrador provisório da casa de saúde, Rafael Lima, repassou o número de uma conta da Associação Brasileira do Bem-Estar Social, Saúde e Inclusão (Abrassi), que é totalmente contraditório à decisão judicial. Se a empresa foi afastada, ela obviamente não pode receber recursos”, afirmou. A magistrada garantiu ainda que o alvará já foi deferido e que assim que o número da conta idônea for informado, a liberação deverá ocorrer imediatamente.
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