Funcionários da Irmandade Senhor dos Passos que atuam no Hospital Regional de Rio Pardo estão há exatos 82 dias sem salário. Na manhã desta sexta-feira, 21, eles fizeram mais uma manifestação, na frente da Casa de Saúde. O grupo reivindica os pagamentos atrasados.
Nessa quinta-feira, 20, um encontro na Câmara de Vereadores reuniu o Legislativo; o Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS), que é o interventor do Hospital Regional; Conselho Municipal de Saúde; e funcionários da Irmandade. Foi decidido encaminhar um manifesto ao Judiciário para que seja feito um contrato retroativo. O objetivo é que os funcionários que trabalharam possam receber os meses de junho, julho e agosto.
LEIA MAIS: Funcionários do Hospital Regional não recebem há quase 60 dias
Publicidade
O impasse ocorre pois a Irmandade Senhor dos Passos não tinha contrato de prestação de serviço com a Prefeitura de Rio Pardo, fato admitido pelo presidente do Sindisaúde de Santa Cruz do Sul e Região, José Carlos Haas. Anteriormente, antes da Operação Camilo, que investiga desvios na saúde que afetam o hospital, o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva (Gamp) e a Associação Brasileira de Assistência Social, Saúde e Inclusão (Abrassi) repassavam valores à Irmandade para o pagamento dos salários, mas não havia formalidade.
O presidente da Irmandade, Nicolau Tadeu da Rosa, diz que a responsabilidade é da prefeitura. “Encaminhamos um ofício ao município pedindo para que seja feito o pagamento em até 72 horas. Agora esperamos uma resposta.”
LEIA MAIS: Funcionários do Hospital Regional cobram respostas sobre atraso nos salários
Publicidade
Em contrapartida, o procurador do município, Hamilton Silveira, diz que Rio Pardo não vai fazer o pagamento, porque é ilegal. “O município só pode pagar quem presta serviço ou integra quadro próprio do município, e a Irmandade não se enquadra. Na época foi feito um contrato mal montado
e acabou criando esse impasse hoje, que estourou nos funcionários.”
Ele afirma que o IAHCS não se nega a fazer o pagamento, mas precisa ter certeza de que isso será legal e não vai gerar problemas para eles no futuro.
LEIA MAIS: Com salários atrasados, profissionais do Hospital Regional fazem manifestação
Publicidade