A tradição do fumo de corda na propriedade de Jairo e Simone Gihel, na localidade de Pedra Lisa, interior do município de Segredo, já é conhecida por muitas pessoas e os dois sempre lidaram com essa variedade de fumo, desde quando moravam com os pais. O casal tem dois filhos: Mateus Gihel, 21 anos, e Marina Gihel, 16. Jairo destaca que, antigamente, várias propriedades eram movidas pelo fumo de corda, mas que, atualmente, poucas famílias ainda investem nessa cultura, passada de geração para geração.
O trabalho artesanal é um dos pontos interessantes da variedade. Eles contam que nesta safra vão cultivar o total de 15 mil pés e devem começar a colher em dezembro. Vários pontos diferenciam a qualidade de fumo do convencional virgínia, tanto no modo de produção como também no cuidado com a planta na lavoura. Os agrotóxicos usados são diferentes, a colheita é feita de um modo diferente, dividida em mais etapas.
Simone ressaltou que a família até chegou a pensar em plantar fumo de forno, mas o investimento precisava ser grande, então decidiram continuar com o fumo de corda. A família vende o produto para consumidores locais e de várias partes do Estado. Outro negócio que iniciou em 2005 como um hobby e tem dado certo na propriedade, é a criação de aves exóticas. São várias espécies e o envio de ovos ocorre para todo o Estado e também fora dele. O envio é feito através de correspondências. A internet é uma grande facilitadora deste comércio e muitos negócios são fechados por meio da rede. O futuro almejado pela família é tornar a propriedade um ponto de turismo rural.
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