Em pesquisa publicada na Gazeta em 1984, o saudoso prof. Hardi Martin apresentou histórico da indústria de fumo e de cigarros em Santa Cruz do Sul. Em Rio Pardinho, em 1860, o pastor leigo Karl Weise já fabricava charutos, os conhecidos “charutos do padre Weise”.
No final do século 19, existiam as fábricas de charutos de Francisco Dingel, Otto Linroth, Wiegand & Schild, Ernesto Gripp e Eduard Gressler. Na compra e venda de fumo atuavam Alberto Geske, Guilherme Lamberts e Brito & Goelzer.
O crescimento veio no início do século 20. Em 1914, Adolpho Iserhard fabricava os cigarros de palha Triumpho. Na carteira constava que a fábrica (onde hoje é o Museu do Mauá) era moderna e “movida à electricidade”.
Outras indústrias da época: Irmãos Schütz, Lindolfo Grawunder, Schilling e Cia, João Nicolau Kliemann e José Etges Filho & Cia. Estas, e mais a firma de Adolpho Iserhard, uniram-se e fundaram a Cia. de Fumos Santa Cruz em 1918.
A Cia. de Fumos surgiu para fazer frente à British American Tobbaco (BAT), que se instalou aqui em 1917. Dois anos depois, seu nome mudou para Cia. Brasileira de Fumo em Folha e, em 1955, para Souza Cruz.
Publicidade
Em 1945, chegou a Sudan. Em 1948, a Exportadora de Fumos Hennig criou a fábrica de cigarros Sinimbu. Outras empresas importantes eram a Fernando Tatsch & Filhos, Boettcher & Wartchow e Carl Torres.
Entre as pioneiras ainda estão Loewenhaupt e Cia., Fábrica de Fumos Sul-Brasileira e Cia. de Cigarros 35, as duas últimas ligadas à família Eifler. Existia ainda a Kliemann e Cia. e a Exportadora Kraemer & Santos.
A Cooperativa Padre Amstad (na Av. Independência) fabricava os cigarros Avenida. A Goldbeck & Boettcher produzia a marca Sissi.
Publicidade
