O avanço da dengue levou a Prefeitura de Santa Cruz do Sul a decidir pela aplicação do fumacê em mais um bairro do município, o Santa Vitória. Na próxima sexta-feira, a partir das 6h30, na região entre a Rua Adolfo Lamberts e após a Rua Madre Teresa de Calcutá, o inseticida será usado em uma área de 16 quarteirões. Na próxima semana, mais duas aplicações estão previstas: para a terça-feira, dia 19, e sexta-feira, 22, também às 6h30. A orientação é que a população deixe as residências fechadas e abrigue também os animais.
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Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 na manhã dessa terça-feira, 12, a coordenadora da Vigilância e Ações em Saúde, Francine Braga, detalhou a situação. Segundo ela, o larvicida biológico que vinha sendo aplicado em diversas regiões da cidade tem ação limitada, visto que só é capaz de matar as larvas dos mosquitos, como o Aedes aegypti, mas não os insetos adultos e transmissores da doença. Já o inseticida é sempre a última alternativa empregada para controlar a proliferação. “Se tiver que ser feito, será feito, mas não queremos fazer. Inseticida é veneno, tem que ser o último recurso”, afirmou.
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Outra tentativa a ser testada em breve é o uso de armadilhas, equipamentos capazes de atrair e prender o mosquito e que servem para medir o nível de infestação naquele local. “É um método simples, barato e eficaz.” Alguns dos lugares onde elas serão instaladas, adiantou Francine, são os loteamentos e condomínios existentes ao redor da área urbana e limitados pelo Cinturão Verde.
Ainda a respeito do inseticida, explicou que se trata de um produto tóxico e semelhante ao adquirido nos supermercados e usado pela população em casa, cujo objetivo é matar os mosquitos adultos. Nas áreas onde já foi aplicado, partes dos bairros Schulz e Bom Jesus, havia cerca de 30 casos confirmados. “Pela nossa experiência, são locais tomados por lixo e entulho.” Nos últimos dias, a Secretaria de Serviços Públicos realizou mutirões de limpeza. “É exatamente a falta de condições sanitárias desses locais que provoca essa situação.”
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A coordenadora falou ainda sobre o trabalho dos 26 agentes de combate a endemias em Santa Cruz. Diferentemente do modelo antigo, quando todos ficavam concentrados na sede da Vigilância Epidemiológica, no Centro, e eram distribuídos diariamente pelo território do município, agora cada um possui um quadrante específico, de acordo com a proliferação.
Dessa maneira, ressaltou Francine, o trabalho ficou mais eficiente, pois a população desenvolveu um vínculo com os agentes. Além disso, eles puderam conhecer mais a fundo a área onde atuam e os pontos de atenção.
Colaborou Leandro Porto
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