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“Frustração do torcedor é a mesma que a nossa”, declara Mano Menezes após queda do Internacional

O Internacional foi eliminado nas quartas de final da Copa Sul-Americana na noite de quinta-feira, 11, ao ser eliminado pelo Melgar nos pênaltis no Beira-Rio. Com a queda na competição continental, resta apenas o Brasileirão para a equipe disputar até o fim do ano. O insucesso na Copa Sul-Americana também pode ter significado o encerramento da história de Edenilson no clube. Caiu sobre ele a marca da eliminação, tanto pela má atuação durante os 90 minutos quanto pela cobrança fraca, displicente e mal colocada, que facilitou a defesa de Cáceda, a primeira das três realizadas pelo goleiro peruano.

O técnico Mano Menezes lamentou a queda precoce e comentou sobre a frustração pelo insucesso em casa. “A frustração do torcedor é a mesma que a nossa. Nós tínhamos o maior interesse em não decepcioná-los. Tenho para mim, e sempre procuro falar com o torcedor, que quando falta alguma coisa é porque ainda não estamos preparados para sermos campeões. É um pouco duro, mas é assim. A decepção nossa é na mesma proporção do torcedor”, afirmou. De acordo com o treinador, a superioridade colorada não foi traduzida em gols. “Fizemos um jogo com qualidade para vencer. Com controle e volume. O adversário foi chutar uma bola no gol aos 45 minutos do segundo tempo, quando já estávamos com um homem a menos. Produzimos o suficiente como equipe para vencer. Não vencemos porque no futebol, por vezes, você domina, mas não consegue vencer”, avaliou.

Mano Menezes acredita que Edenilson não pode ser responsabilizado pela eliminação e não pode ser alvo de perseguição. “Acho que não é hora de discutir isso. Não é nem justo. O Inter tem de fazer suas avaliações com base em coisas mais globais. E aí sentar, conversar e avaliar. Tem de ver a trajetória, o que ficou para trás e o que vai se acumulando, mas hoje não. Não é justo. Não vamos transferir para o Edenilson ou para qualquer outro jogador a responsabilidade pela eliminação nas penalidades”, enfatizou.

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O treinador salientou o trabalho consistente que está realizando no clube. No Brasileirão, a equipe está no G-6 e briga por vaga direta na Libertadores. No domingo, 14, às 19 horas, recebe o Fluminense no Beira-Rio pela 22ª rodada. “Quando se inicia a temporada, se estabelece algumas metas. Eu chego como treinador justamente porque as metas não estavam sendo alcançadas. Quando cheguei se falava em jogar para não ser rebaixado no Brasileirão. O Inter estava quase fora na fase classificatória da Sul-Americana. Essa era a realidade e nós conseguimos reverter essa condição. A equipe cresceu e estamos no grupo de elite do Brasileirão. Temos de continuar trabalhando”, concluiu.

Edenilson assume responsabilidade por falha

Edenilson errou a primeira cobrança colorada e novamente sofreu com as vaias da torcida. Na zona mista do Beira-Rio, o jogador, que está no clube desde 2017, disse que entende as críticas e afirmou que é o primeiro a se cobrar por títulos. Para ele, o torcedor tem razão desde que a cobrança seja pacífica. O volante acredita que é cobrado porque em algum momento demonstrou potencial. Edenilson pediu uma voto de confiança para o novo grupo do Internacional.

“Assumo a responsabilidade, claro, assim como também sei que o futebol é coletivo. Lógico que eu sou o que está há mais tempo aqui e me cobro muito por um título, sinto também essas eliminações. Sou um jogador como os outros, trabalho para conquistar meu espaço. Conquistei a condição de batedor (de pênaltis) por cobrar, converter, errei também, mas me cobram porque eu fiz algo”, declarou.

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Pelo protocolo da Conmebol, apenas um jogador falou na saída do gramado. O escolhido foi o meia Alan Patrick, substituído antes dos pênaltis, que lamentou as chances perdidas pelo time colorado no primeiro tempo. “Tivemos oportunidades no primeiro tempo, volume, tentamos nos impor dentro da nossa casa. Infelizmente, não conseguimos concluir com gols. É difícil quando se joga com um a menos nesse nível. Tentamos nos superar de todas as maneiras. Infelizmente, não conseguimos nos pênaltis”, disse.

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João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

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