Enquanto as temperaturas caem no Rio Grande do Sul, os gaúchos aproveitam o clima agradável, que muitas vezes vem acompanhado de sol, e movimentam o comércio. São diversos os setores beneficiados com a chegada do outono e do inverno. Lojas de roupas, calçados, variedades, eletrodomésticos e as tradicionais cafeterias e confeitarias recebem clientes que buscam, acima de tudo, se aquecer e aproveitar as principais novidades.
Para esquentar suas casas, clientes da Afubra têm procurado principalmente calefatores, fogões a lenha, aquecedores e secadoras de roupas. “Neste ano a gente reparou que tem aumentado muito a venda de calefatores, que são aquecedores de ambientes maiores. E estão chegando novidades: eles vêm também coloridos e com tamanhos diferentes, para ambientes médios e maiores”, diz a gerente Nádia Rohr. Mas o campeão na Afubra é o fogão a lenha. “Vende o ano inteiro, mas nesta época, mais. A procura é muito grande.” Nádia comenta que muitas pessoas ainda estão em casa, o que aumenta a busca por esses produtos. “As pessoas estão investindo no bem-estar, no conforto.”
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Nestor Fischborn, de 65 anos, foi à Afubra na quinta-feira, 20, para procurar um fogão a lenha. “A minha mulher pediu para eu vir olhar. Temos lenha e vamos aproveitar. Até já tínhamos fogão a lenha, mas já está velho”, relata o aposentado, que estava pesquisando os preços.
Aproveitando a onda dos fogões, a loja de utilidades Arty Casa vende bem as panelas de ferro. “É o nosso xodó aqui do Sul, nos lembra a infância”, afirma a gerente e proprietária, Marcia Parnow. A linha de inverno da loja também conta com térmicas, varais e conjunto de fondue, que estão expostos logo na frente da loja. “Em virtude da pandemia as pessoas estão muito em casa, aproveitando a família. Nosso foco é também no Dia dos Namorados, que está chegando.”
No Miller Supermercados a novidade deste ano é a venda de peças confortáveis, como pantufas, roupões e mantas. “Pantufa está vendendo bem, a prateleira estava cheia, agora já está esvaziando”, diz o subgerente da unidade da Avenida Independência, Nicolas Lanzarin. Ele completa que nesse período são muito procurados os vinhos, as massas e os molhos. Durante o frio, clientes do supermercado também buscam alimentos como pipoca e amendoim.
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O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros), Celso Müller, confirma que a época é propícia para a compra de sopas, pinhão, comidas quentes, feijoadas e vinhos. Müller comenta que, em 2020, a injeção de dinheiro do auxílio emergencial foi importante para os mercados. Neste ano, sem o benefício, pode haver uma queda no movimento. “Ano passado houve muita procura de vinho, superou as expectativas. Em 2021 esperamos que também venda bem”, comenta.
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O gerente da loja Flávia Calçados e Acessórios, Lucas Kist, observa que as mais procuradas são as botas e a mais vendida neste ano é a do modelo ugg, apeluciada por dentro. “Há vários modelos. E agora começaram a surgir as mais modernas em cima dessa proposta de pelos no cano e dentro da palmilha.” A perspectiva é boa para as vendas de inverno. “Depois que passamos por aqueles dias fechados, está sendo muito positivo. Está acontecendo uma reação ótima, e acredito que vai ser para todo mundo”, diz o gerente.
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Seguindo a mesma linha, na Essencial Hering e Multimarcas a procura está maior por peças que ofereçam comodidade. “Está saindo muita calça de moletom e camiseta de manga longa”, conta a proprietária Cleusa Keller. Com a pandemia, e muitas pessoas trabalhando de casa, a loja também tem vendido pijamas. “O pessoal está procurando roupas práticas e confortáveis.”
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Bebidas e comidas para esquentar
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A Padaria Roque Schuh fica muito movimentada em dias frios. “Os clientes buscam chocolate quente, capuccino e sopas. O pessoal consome mais pão também”, diz a proprietária, Carolini Schuh Gregis. Sopas para consumir no local e para levar são as novidades deste inverno. Ela destaca que, durante a pandemia, também cresceu a busca por itens para preparar em casa e por pedidos de telentrega. Além disso, a Roque Schuh passou a fixar horários de saída de produtos quentes do forno, a fim de fidelizar a clientela.
No inverno de 2020 a pandemia impactou negativamente o comércio. Por isso, neste ano, com a vacinação já em andamento, a expectativa é de que mais gente movimente o mercado. Para o presidente do Sindilojas Vale do Rio Pardo, Mauro Spode, neste inverno as vendas serão bem melhores que no ano passado. Ele traz dados também sobre o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho. “O gasto médio deve permanecer em R$ 160,00 e fatores determinantes são preço, promoção e atendimento.” Spode complementa que, para a data, os mais procurados deverão ser itens como vestuário, perfumes, cosméticos, chocolates e calçados.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ricardo Bartz, salienta que o frio impulsiona, principalmente, as vendas nos segmentos de vestuário e calçados. “Com a tendência da temperatura mais baixa, os consumidores acabam indo às compras e isso reflete de imediato nas vendas. De modo geral a expectativa é boa para o inverno, tendo em vista a previsão climática.”
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