O frio que chegou com força ao Rio Grande do Sul durante o mês de julho ajudou a impulsionar as vendas de produtos relacionados ao inverno no varejo local. O levantamento realizado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP) revela que, na média, a elevação na comercialização de itens ficou em 27,8% maior em lojas do município. A maior procura, entre os associados da entidade, foi para roupas e agasalhos, seguida de aquecedores e equipamentos para produção de calor e itens de autocuidado no frio.
De acordo com o levantamento com associados do Sindilojas-VRP, realizado entre 12 a 17 de julho, 64% dos entrevistados responderam que as ondas de frio contribuíram para as vendas de produtos relacionados com a estação.
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Conforme a executiva do Sindilojas-VRP, Gicele Arruda, a grande maioria dos lojistas atribuiu ao clima, tanto frio, quanto chuvoso, para justificar a maior procura do consumidor. “São produtos relacionados com o vestuário especialmente, peças de roupas mais pesadas, e por isso mais quentes, assim como agasalhos e acessórios para elevar a temperatura. Notou-se também um aumento por sistemas de aquecimento, como aquecedores, calefatores e chuveiros mais quentes”, revela.
Gicele explica que o clima úmido e frio favoreceu também a comercialização de produtos de autocuidado, como hidratantes e óleos corporais para manutenção do conforto da pele e nos dias mais frios. “Em alguns estabelecimentos, a elevação foi de 50% no período, mostrando que de fato o frio que chegou neste início de inverno movimentou o consumo de determinadas áreas do comércio. Foram apontados também, a venda de produtos para limpeza e combate ao mofo, causado pela umidade, assim como doces, pães e bebidas quentes, em estabelecimentos do ramo de alimentação”, complementa.
Entre os itens mais vendidos, peças de vestuário e acessórios lideram em volume de vendas – 36%. Na sequência, aquecedores e sistemas de aquecimento, registraram um crescimento de 12%, seguidos dos itens de autocuidado e cuidados com a pele, 8%. “Esta grande variedade de produtos mostra, também, o quanto o nosso comércio é variado e quanto o clima acaba, de certa forma, influenciando na procura por produtos pelos consumidores locais”, complementa a executiva do Sindilojas-VRP.
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Para o presidente do Sindilojas-VRP, Mauro Spode, o resultado da pesquisa reflete o comportamento comum do consumidor, quando as estações – neste caso do inverno – são bem definidas e ocorrem no tempo certo. “Neste ano vivenciamos um cenário diferente dos últimos, onde tivemos dias de temperaturas muito baixas, que se aproximaram do tradicional inverno da nossa região. Esta condição aliada à oferta sazonal de mercadorias contribuiu de maneira positiva para este resultado”, destaca.
Spode revela que o desempenho registrado em parte do setor anima de maneira geral o varejo que ensaia uma reação após as catástrofes climáticas do mês de maio e as dificuldades impostas ao setor. “Sem dúvida é um resultado que anima o setor e permite a estas empresas a possibilidade de renovação dos estoques, assim como investimento em mais mercadorias. Quando o clima favorece, o consumidor procura pelos produtos da estação e ajuda a alavancar as vendas”, resume o presidente do Sindilojas-VRP.
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