Durante o inverno, a diminuição da temperatura e o aumento da umidade do ar fazem com que o período seja mais favorável para doenças respiratórias e sazonais, como gripe, resfriado, rinite alérgica e amidalite. O fato de terem sintomas muito semelhantes aos da Covid-19 faz aumentar a demanda por atendimento em unidades e casas de saúde de Santa Cruz do Sul. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, no programa Estúdio Interativo, a secretária de Saúde Daniela Dumke ressaltou que toda a rede está preparada para atender à demanda. Enfatizou também que as próximas cinco semanas serão de alerta para a área da saúde, em razão das baixas temperaturas e da incidências de doenças sazonais.
“Entramos no período mais crítico do frio e já registramos um aumento em torno de 10% nos atendimentos de casos de resfriados comuns, amidalites e demais agravos característicos da época. Por enquanto, estão dentro da capacidade que o sistema consegue atender, mas a expectativa é de aumentar ainda mais”, esclarece. “Estamos realizando reuniões com a Amvarp e, com base nos dados do ano passado, serão cinco ou seis semanas de alerta para o aumento de casos de doenças respiratórias – não apenas pela Covid, mas por outras situações que podem levar a um quadro de internações hospitalares.” Segundo a secretária, as unidades estão preparadas para este período e todos os pacientes que chegam são acolhidos pelos profissionais, avaliados e encaminhados quando necessário.
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A maior preocupação, conforme ela, é que algumas pessoas apresentando sintomas deixem de procurar atendimento e por consequência, além de não tratarem a doença da maneira correta, acabem disseminando o vírus. A recomendação é que no caso de algum sintoma respiratório deve-se procurar as unidades de saúde, que além de uma quantidade expressiva de testes para Covid, possuem protocolos distintos para casos positivos. “Cabe ressaltar que todo sintoma respiratório é tratado inicialmente como Covid, pois existe uma mistura de sintomas. Até que se prove o contrário, temos que seguir os protocolos”, explica.
Segundo Daniela Dumke, o comportamento das pessoas durante o frio é fator decisivo para o aumento da incidência e da transmissão das doenças respiratórias. E enfatiza que os cuidados devem ser reforçados, assim como as medidas de proteção, que são comuns para a maior parte das doenças desse tipo. “As pessoas precisam manter os protocolos de higiene e distanciamento e evitar aglomerações e ambientes muito fechados. A aglomeração é um fator impactante tanto para a transmissão do vírus da Covid quanto para o da gripe.
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HOSPITAIS
No Hospital Santa Cruz, a chegada do inverno provoca o aumento da procura de atendimento na emergência por sintomas respiratórios. No entanto, a coordenadora médica da emergência, Barbara Swarowsky Tabach, cita que o diferencial é que neste ano, assim como no ano passado, o grande volume de pacientes que procura a emergência é por quadro gripal, principalmente por causa da pandemia. “Temos uma média de 120 atendimentos por dia no pronto-atendimento SUS, sendo que nessa época de inverno a maioria dos casos é por sintomas respiratórios”, esclarece. A maior demanda costuma ser nas segundas-feiras, em especial no período da tarde até as 22 horas. “A maioria dos casos é com sintomas leves, e quando o paciente está clinicamente bem, é liberado com tratamento domiciliar e orientações. Alguns casos mais graves podem necessitar de internação, principalmente nos idosos ou pacientes com comorbidades, mas isso é avaliado pelo médico plantonista. Quando internam geralmente é por pneumonia bacteriana ou pneumonia grave por coronavírus”, explica.
No Hospital Ana Nery, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Esmeralda e na Casa de Saúde Ignez Moraes, mais conhecida como Hospitalzinho, todas elas administradas pelo Hospital Ana Nery, o crescimento da demanda ainda não foi percebido, como explica a coordenadora das unidades, Lidiane Henn. “Ainda não se percebeu aumento de procura em razão do frio, bem pelo contrário; nesta semana até diminuíram tanto as consultas quanto as internações. Mas a principal causa de atendimento são os sintomas respiratórios”, esclarece. O horário de maior movimentação nas unidades de saúde é sempre após às 17 horas.
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