A formação de frentes frias a partir de junho deste ano promete fazer com que o inverno seja mais rigoroso. É o que afirma a meteorologista Cátia Braga, da MetSul Meteorologia. “Há possibilidade de maior frequência de episódios de tempo severo do que nos últimos anos. Ou seja, mais vendavais e granizo, e não se descartam tornados. Poderemos ter também maiores eventos de ciclones-bomba, que trazem ventos fortes, ondas grandes e ressacas. Influenciam principalmente a região litorânea”, frisa.
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Um estudo da MetSul mostra o que o inverno rigoroso nos Estados Unidos sinaliza para o inverno brasileiro. Profissionais da empresa verificaram que há uma tendência de repetição de padrões da América do Norte no inverno do Sul do Brasil. São anos de eventos muito extremos e de frio em janeiro e fevereiro, de caráter histórico. Depois, nos meses do nosso inverno, também foram registrados eventos de frio intenso e marcante no Sul do Brasil.
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Entretanto, esses dois episódios extremos de frio nos Estados Unidos foram pontuais, já que a temperatura no país em dezembro ficou 0,3 grau acima da média. Por isso, os modelos de clima que fazem projeções para meses à frente indicam, neste momento, que o inverno na região Sul em 2023 deve ter temperatura acima da média.
De acordo com a MetSul, no que se refere ao trimestre entre junho e agosto, quase todos os modelos com dados que alcançam o inverno indicam a tendência de marcas superiores à climatologia histórica na média estacional.
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De acordo com Jaime Miguel Weber, professor de Agronomia da Unisc, as previsões apontam para uma continuidade das precipitações abaixo da média pelo menos até março, com chuva mal distribuída e em pouca quantidade. Além disso, pode haver uma antecipação do frio, considerando a possibilidade de geada no topo da Serra Catarinense entre fevereiro e março.
“Em abril, as chuvas devem ficar próximas ou acima da média entre o Sul e o Centro do Rio Grande do Sul, com sistemas de baixa pressão e umidade vinda da Amazônia. A temperatura deve ficar próxima ou abaixo da média, apontando para a possibilidade de antecipação do frio”, afirma o professor.
Se isso acontecer e se o inverno contar com a presença de fenômenos como geada e granizo, os agricultores, que sofrem com a estiagem há meses, podem novamente ter problemas. “A antecipação do frio pode afetar as lavouras de verão de ciclo longo ou que foram semeadas tardiamente, em função da estiagem. O granizo pode também ocasionar estragos, principalmente em hortaliças e frutas, no início do inverno. As geadas, quando antecipadamente ocorrem com intensidade, têm potencial para afetar a germinação das sementes ou as plantas em estágio inicial”, completa.
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