Nessa quinta-feira, 15, foi comemorado o Dia do Cliente. Além de homenagear os consumidores, a data nasceu como mais um estímulo para impulsionar as vendas, de modo que muitas lojas aproveitam para oferecer descontos, brindes e estreitar a relação com os clientes. Nas datas comemorativas aumentam, também, as fraudes e golpes, já muito comuns no dia a dia. De acordo com a empresa de cibersegurança PSafe, o Brasil registra mais de mil tentativas de fraudes financeiras digitais por hora.
De janeiro a julho deste ano, já foram mais de 5 milhões de tentativas de crimes, contra 2,5 milhões registradas no ano passado. Só no mês de julho, foram 1,3 milhão de investidas dos golpistas. Como nada está tão ruim que não possa piorar, as fraudes e golpes estão em constante evolução. Os meliantes digitais estão cada vez mais espertos e audaciosos, inventando sempre novas formas de enganar as pessoas. A lista não para de crescer:
Nesses tempos em que milhões de pessoas estão endividadas e, muitas delas, com o nome “sujo”, a Serasa alerta para o “Golpe do Contato Quente”. Fraudadores dizem que conhecem funcionários de instituições capazes de eliminar pendências financeiras. Os criminosos criam páginas na internet e, depois de terem convencido as vítimas de que podem resolver o problema da inadimplência, enviam boletos de cobrança pelo serviço que fingem ter realizado. Ao receber o dinheiro, desaparecem sem deixar rastros. Sob este mesmo golpe do contato quente, os fraudadores tentam vender o Manual do Score que é uma metodologia técnica que analisa o histórico e atual comportamento financeiro do usuário, mas que está disponível gratuitamente no site da Serasa.
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Outro golpe é o da “mão fantasma” em que criminosos controlam o celular do usuário à distância, após induzi-lo a baixar aplicativos para realizar a “limpeza” do celular, que são, na verdade, ferramentas de acesso remoto. A partir daí, conseguem senhas e outros dados que dão aceso à conta da vítima e permitem realizar transações bancárias.
Para o perito em crimes digitais e CEO da Enetsec, Wanderson Castilhos, 97% dos crimes virtuais são realizados a partir do descuido dos consumidores. Uma pesquisa da CVM, feita com vítimas de golpes financeiros, por exemplo, apontou os principais aspectos que contribuíram para que as pessoas caíssem em ciladas:
Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que três em cada dez brasileiros já sofreram tentativa ou foram vítimas de golpes e fraudes neste ano. Por que caímos em tantos golpes e fraudes? Em próximo artigo, serão abordados alguns motivos que podem ser desde a falta de dinheiro, passando por desconhecimento ou ingenuidade, até vontade de se dar bem.
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