Fazendo jus a sua origem nada romântica, em 1949, por iniciativa dos comerciantes paulistas para esquentar as vendas do mês de junho, consideradas as mais fracas do ano, com o auxílio de marqueteiros criaram o primeiro Dia dos Namorados, no Brasil. A data já é o terceiro maior evento de apelo comercial, perdendo apenas para o Natal e o Dia das Mães.
São lojas de tudo que é espécie, floriculturas, restaurantes, clubes, comunidades, sites, motéis… Enfim, todos interessados em transformar o Dia dos Namorados num momento inesquecível. É a dinâmica da economia de consumo que, em cada dia especial, desafia a criatividade, gerando mais rendas, impostos, lucros e – por que não? – mais momentos de felicidade.
Um bom relacionamento é construído com transparência e honestidade. Isso não vale só pra as coisas do coração; nas questões do dinheiro, também. Tem aquela história que o autor Thomas J. Stanley descreve em seu livro A Mente Milionária. Um desses milionários que venceram na vida pelo próprio esforço justificou o rompimento de um relacionamento de mais de sete anos com uma mulher porque descobriu que sua amada tinha, deliberadamente, ocultada uma dívida de US$ 55 mil, nela incluídos cartões de crédito, financiamento de carro e crediário em lojas.
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O milionário ficou chocado com a descoberta pois a namorada nunca tinha mostrado qualquer sinal de que estivesse com problemas financeiros. Pelo contrário, sempre aparentava estar bem financeiramente: tinha um emprego que lhe pagava bem, um automóvel novo e roupas de grife.
Questionada, a namorada confessou que pretendia abrir o jogo sobre sua real situação financeira tão logo estivessem casados, acreditando que o amor do marido por ela seria tão forte a ponto de ele não se importar em pagar suas dívidas. Por precaução, o milionário tomou a decisão de, na próxima vez em que fosse se envolver mais seriamente com alguém, consultar antes se o nome da pretendente não consta em algum cadastro negativo.
O fato é que existem riscos financeiros no amor. Janaína Gimael, jornalista especializada em Economia, identificou situações que podem minar os relacionamentos e, em algum momento, apresentar problemas:
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Mara Luquet, um dos maiores nomes do jornalismo econômico do Brasil, sugere 5 pontos que merecem ser avaliados e que devem ser esclarecidos neste dia especial dos namorados:
O exemplo do milionário, citado anteriormente, mostra bem o descompasso financeiro que pode existir entre duas pessoas que se amam. O milionário, possivelmente, tomou uma decisão atípica, radical, que poderia ser considerada extremamente materialista. Afinal, quando duas pessoas estão pensando em ficar juntas para o melhor ou o pior, na saúde ou na doença, isso poderia pressupor que estão acima dessas ideias mesquinhas sobre quem pagará as contas e quanto custa, de fato, cuidar um do outro.
Mas, se essas informações preliminares se constituírem em problema, é melhor avaliar antes de casar ou morar junto. Alguns podem ser resolvidos. Basta que o casal tenha vontade e coragem de compartilhar as informações e, assim, tornar a relação mais fortalecida.
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Mulheres e homens são de planetas diferentes, não só nos livros. Nas finanças, isso também é verdade. Parece que o problema maior não é a falta nem o excesso de dinheiro, mas a ausência de conversa sobre ele. Um casamento ou um simples morar juntos é uma união de duas vidas e a parte financeira não pode ficar de lado. Quanto mais claras as finanças conjuntas forem para um casal, menor a chance de mal-entendidos, brigas e rompimentos.
Como diz Liz Pulliam Weston, consultora americana de finanças pessoais, “é preciso esquecer a ideia romântica de que o amor vence tudo e passar a usar as calculadoras”. É verdade, casar ou morar junto por dinheiro nem sempre dá certo. Mas, só por amor sempre dá? O escritor Ken Fischer aconselha que “casar-se por dinheiro é uma maravilha, desde que se tenha a certeza de que é com alguém que você vai tratar bem e que vai tratá-lo bem, também. O dinheiro nunca vai substituir o amor. Mas, pode ser um adendo delicioso – como crosta de açúcar em bolo”.
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