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Francisco Teloeken: “Cuidar das finanças é chato, mas necessário”

Num vídeo muito interessante, o dr. Dráuzio Varella fala a respeito de exercícios físicos. Em síntese, o dr. Dráuzio conta que ao sair de seu prédio às 5h30 já sai correndo, porque se parar para se alongar vai voltar para a cama… Durante o primeiro quilômetro ele se sente dominado por um único pensamento: não há o que justifique um cidadão passar por isso.

Mas ele continua porque sabe que depois melhora, fica suportável e só fica bom mesmo quando acaba. Se alguém está esperando vir aquela vontade louca de fazer exercício, pode esquecer! Ela não virá. Se a pessoa não encarar isso com disciplina e como uma coisa muito importante na sua vida, não vai dar certo.

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Um novo ano está chegando e, além das providências e correrias de fim de ano, é o tempo de ver o que fizemos durante o ano ou deixamos de fazer e, principalmente, planejar o ano novo.

É claro que área financeira geralmente faz parte desse planejamento, seja para revisar ou corrigir procedimentos, seja para assumir novos comportamentos ou definir novos objetivos. Como nos exercícios físicos, realizados numa corrida na rua ou numa academia, as finanças também precisam de disciplina. Se a pessoa não se dedicar a elas como possivelmente cuida de seu corpo, o seu bolso vai sentir. Só que o resultado será o inverso: se alguém não se cuida, geralmente engorda. Já quem não cuida das finanças, “emagrece” o bolso. 

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Provavelmente, a maioria concorda que praticar exercícios físicos faz bem para a saúde, assim como cuidar das finanças dá maior tranquilidade e permite realizar sonhos de ter coisas bacanas, viajar, mas poucos se comprometem de fato com isso.

Ter aquela barriga chapada leva tempo e exige dedicação; ter a conta recheada e a tão sonhada independência financeira também. O difícil é o primeiro quilômetro ou as primeiras providências.

Ser realista é fundamental: registrar compras, pagamentos, vencimentos; conferir extratos… é chato e nem sempre a gente está com vontade de fazer isso. Mas, à medida que praticamos, os resultados positivos podem aparecer, servindo de estímulo para continuar com o hábito. Como diz o dr. Dráuzio, suportar o primeiro quilômetro na corrida matinal é decisiva.

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Há uma série de armadilhas para nos afastar das boas práticas em nossas vidas. São as armadilhas diárias da sociedade de consumo, mas também as armadilhas mentais, consideradas as mais perigosas. As armadilhas de consumo começam pelas coisas que estão ao nosso alcance. Aí, influenciados emocionalmente, procuramos satisfazer nossas necessidades e também desejos, comprando acima de nossa capacidade de pagamento.

Nossa mente é responsável por nossas decisões e, sendo assim, por tudo o que vem depois. Mas, ninguém controla o que não vê. Fazer “contas mentais”, como saber suas finanças de cabeça e que não precisa dessas coisas de controle, não passam de grandes enganações, de armadilhas.

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O que pode realmente impactar e dar uma dimensão mais exata do quanto a pessoa ou a família estão gastando e consumindo, é fazer um diagnóstico da situação financeira. É fazer um levantamento do patrimônio e das dívidas; dos rendimentos líquidos, já deduzidos os descontos devidos; e de todos os gastos, durante 30 ou 60 dias.

Com base nos dados do levantamento financeiro:

  • 1) olhar para as contas para entender o quanto se gasta com cada item;
  • 2) analisar as atividades e rotinas para identificar quais estão fazendo o consumo crescer;
  • 3) desenvolver maneiras para diminuir as despesas.

Alguns pontos podem estar atrapalhando no controle financeiro das pessoas e famílias. Repetir o bordão das “Organizações Tabajara” de que, se ganharem mais dinheiro, seus problemas acabaram é um erro. Não adianta ganhar mais se a pessoa ou a família não tiverem um planejamento adequado à sua realidade. Se não tiverem bons hábitos relacionados ao dinheiro, disciplina e um planejamento é provável que enfrentarão problemas financeiros e não conseguirão alcançar seus objetivos.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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