Entre as dezenas de residências que ocupam a Rua Conselheiro Trockel, no Bairro Santo Inácio, a de número 490 se destaca pelo verde. Não só na pintura das paredes, mas também de um enorme cacto com mais de 3 metros de altura.
Tendo sido construída há décadas, é há oito anos o lar do locutor Fábio André Schedler, 50, o Binho. No início, o morador pouco reparava na imensa planta. De maneira corriqueira, ao limpar o pátio, costumava haver restos dela no chão pela manhã. “Pareciam patas de galinha. Não imaginava que eram flores”, admite.
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Passados alguns anos, cogitou remover o chamariz da fachada, após ouvir que era “feio”. A ideia não agradou à aposentada Iria Fernandes, 73, que mora defronte da residência do locutor há mais de cinco décadas.
Enquanto o vizinho ignorava o cacto, Iria acompanhou por anos o desenvolvimento da planta, até que, há cerca de cinco anos, notou a floração no final do dia. “É lindo demais”, admitiu. Foi tamanho entusiasmo que, em uma noite, fotografou as flores para fazer um quadro. “Convenci ele a não cortar, pois é uma relíquia.” Pouco a pouco, a floração começou a aumentar cada vez mais. “Esse ano foi o que mais deu flor”, comenta Iria.
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Foi aí que o locutor passou a erguer a cabeça e valorizar o adorno que torna sua casa diferenciada das demais. “Me encantei totalmente. Vai ficar aqui”, garante, ressaltando a importância de preservar a natureza na área urbana.
Espécie é nativa do Rio Grande do Sul
Conforme o analista em geoprocessamento da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado, Ricardo Aranha, o cacto da residência de Binho é da espécie Cereus hildmannianus, popularmente conhecida como tuna. “Ela é nativa de todo o Rio Grande do Sul, mas também ocorre em outros estados, além de Argentina e Uruguai”, explicou.
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Podendo chegar a até 15 metros, é comumente utilizada como ornamento de jardins. Além disso, costuma ser aproveitada por aves para construção de ninhos. O período de floração da planta é de outubro e fevereiro. As flores são noturnas (ou seja, abrem-se somente à noite) e se fecham pela manhã. Nesse mesmo período, também podem aparecer frutas, que servem de alimento para a fauna e podem ser consumidas pelas pessoas.
Veja fotos da diferença entre o dia e a noite:
E outros registros da flor:
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