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ESPAÇO NOSTALGIA

FOTOS: santa-cruzense mantém acervo de caixas de fósforos

Seu Paulo Edmundo Agnes com algumas das centenas de caixas de fósforos, com os mais variados motivos, que reuniu | Fotos: César Machado

Olá! Na edição de hoje vamos lembrar de um item que estava sempre presente na rotina das pessoas, em época anterior à ampla difusão da eletricidade em todos os ambientes. Para acender o fogo no fogão a lenha, para acender lâmpadas ou velas, dentro de casa, ou, claro, também para acender o cigarro, o charuto ou o palheiro, usava-se em larga escala os fósforos. Assim, eles eram um item que as pessoas sempre tinham à mão e, como tal, também viravam artigo de coleção. Ainda mais porque restaurantes, hotéis, lojas, mercados e empresas em geral os distribuíam como cortesia, ou brindes, em diferentes embalagens.

E é a partir dessa enorme variedade de fósforos que alguns colecionadores surgiram. É o caso do santa-cruzense Paulo Edmundo Agnes. Ele mantém um acervo com caixas de fósforos que remetem a décadas no passado.

Outro item que hoje não sai da memória antes não saía… do pé da gurizada. Quem não lembraria da Conga e do Kichute? E quem não lembrará dos Mercedões da marca Mimo, que vinham em diferentes modelos? Por fim, recordaremos de duas promoções que deixavam a garotada dos anos 80 derretida: as das margarinas Doriana e Delícia. Viaje no tempo conosco!

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Colecionismo
Foi através do Espaço Nostalgia que o santa-cruzense Paulo Edmundo Agnes, aposentado de 77 anos, esposo da dona Maria Inês Agnes, pai da Daniela, da Débora e da Diane, resgatou sua coleção. Leitor da Gazeta do Sul e fã do Espaço Nostalgia, disse que, após ler sobre o Colecionismo, desengavetou sua coleção de caixas de fósforos do início dos anos 70.

Enquanto seu irmão juntava carteiras de cigarros nas beiras das calçadas, ele tomou gosto pelas caixinhas de fósforos. São inúmeras, e de vários países. Algumas foram presentes de amigos e outras eram brindes de empresas aéreas, hotéis, concessionárias, lojas em geral (até da Pitt tem!). Tinha também do modelo tradicional, as usadas no dia a dia. Com a chegada dos fogões com acendimento automático e dos isqueiros, essas caixinhas foram perdendo espaço.

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Porém, para seu Agnes elas têm um significado todo especial, pois o fazem lembrar lá do passado, quando ainda era um adolescente. Entre tantas, algumas me chamaram atenção, pois lembram as marcas de cigarros produzidos aqui em Santa Cruz. Também se destacam caixinhas da marca Aviador, que lembravam os modelos de aviões, e outras com figuras de pássaros. Algumas têm o alfabeto e uma tem até a foto do ex-presidente dos EUA, John Kennedy.

Na época em que começou a colecionar, ele até adquiriu uma pasta com vários exemplares. Passados 40 anos, só lamenta não ter dado continuidade a todo vapor. “Mas agora quero retomar”, diz seu Agnes.

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Uns iam de Conga, outros de Kichute!
Com certeza, hoje nosso Espaço Nostalgia vai mexer com a garotada. Vamos lembrar de dois tênis que fizeram muito sucesso. Um deles foi o Conga, que surgiu primeiro, em 1959, e era basicamente feito de lona e com solado de borracha, o que o tornava muito leve e confortável. Era um calçado de baixo custo e grande durabilidade. A variedade de cores era pouca. Os mais vendidos eram o branco e o azul-marinho, pois ambos foram adotados como parte do uniforme escolar nas décadas de 1960, 70 e 80. O outro foi dos anos 1970 e 80: o tênis Kichute tornou-se o sonho dos meninos naquelas décadas. Calçado simples e barato, e que servia tanto para o dia a dia quanto para jogar futebol na rua, era um companheiro inseparável. Devido ao sucesso e à popularidade, seu garoto-propaganda era ninguém menos do que o craque Zico, camisa 10 da seleção canarinho.

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Lá vem o Mercedão!
Entre tantos brinquedos que guardo em meu sótão, este é o Mercedão modelo Camping na cor amarelo da marca Mimo. É um carrinho bate-volta movido a pilha. Foram fabricados para essa série quatro modelos de cores diferentes. O Mercedão da Polícia era preto; a Ambulância, branca; e o Bombeiro, da cor vermelha. Era só ligar que ele desviava de qualquer obstáculo, movimentando-se em todas as direções.

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Um brinquedo que se firmou no imaginário dos garotos, o Mercedão da Mimo vinha nas versões Camping, Polícia, Ambulância e Bombeiro, capazes de ocupar os meninos por horas e horas

Doriana e Delícia, para se derreter
Foi no início da década de 1980 que um novo público-alvo foi identificado pelas marcas Doriana e Delícia: as crianças. Foi nessa época que as margarinas lançaram várias promoções com colecionáveis para a garotada. No ano de 1980, as tampas da margarina Delícia Cremosa traziam ilustrações dos Super-Heróis DC em uma promoção inusitada. Foram inicialmente 25 tampas com ilustrações diferentes, com o slogan “Quem tem Delícia tem a força”, que se tornaram itens colecionáveis na época, como figurinhas. O sucesso trouxe mais tampas com novas ilustrações, mas sem o slogan inicial, apenas o logotipo “Delícia”. Já sua maior concorrente, a margarina Doriana, também entrou na onda de tampas heróicas com uma coleção de ilustrações dos Super-Heróis Marvel! Além dos super-heróis, houve promoções com os personagens da Disney pela Doriana e da Hanna Harbera pela Delícia.

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