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FOTOS: rio-pardense coleciona carteiras de cigarros desde 1961

Olá! Esta edição está em sintonia com a principal atividade econômica ou o principal setor empresarial de Santa Cruz do Sul e da região: a cadeia produtiva do tabaco. Mais exatamente, com o produto fabricado a partir dessas folhas: o cigarro. Ou, mais especificamente ainda, as carteiras de cigarros. O colecionador que contemplamos é seu Ivo Carlos Corrêa da Silveira, que reside em Lima Brandão, no interior de Rio Pardo.

Sua determinação e seu empenho foram tamanhos que ele reuniu aquele que, sem dúvida, é o mais belo acervo de carteiras de cigarros que eu já vi: são cerca de 60 mil unidades! E mais: de 213 países, territórios, colônias e ex-países. Em resumo: da mesma maneira como o tabaco brasileiro é demandado e apreciado no mundo todo, por sua qualidade, a coleção de carteiras de cigarros de seu Ivo obviamente está à altura dessa projeção internacional do setor.

Além disso, lembraremos ainda dos porta-garrafas, que constituíam uma febre nos anos 80, bem como do suntuoso Lamborghini da Glasslite que até hoje emociona o jornalista Sandro Viana, aos 50 anos. Para completar, mencionamos o álbum de figurinhas O Mundo Maravilhoso da Aviação, que também contagiou a galera de todas as idades (mais uma vez nos mágicos anos de 1980). Curta essa viagem repleta de emoções!

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1 – Colecionismo

Desta vez, nosso colecionador vem do interior de Rio Pardo. Estamos falando de seu Ivo Carlos Corrêa da Silveira, agente da Polícia Federal, aposentado, residente em Linha Brandão, distrito de Bexiga. Hoje vamos conhecer uma das mais belas coleções de carteiras de cigarros que já vi, e nós, que estamos no berço do setor fumageiro, poderemos relembrar grandes empresas que marcaram época.

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Silveira começou a colecionar em 1961, aos 10 anos de idade, meio por acaso, pois juntava as embalagens para apostar no jogo de bolitas (clicas). Depois de reuni-las por quase 50 anos, em 2008 cinco colecionadores paulistas vieram até Rio Pardo e lhe compraram aproximadamente 60% de sua coleção. Mais tarde, surgiu a possibilidade de ele adquirir uma bela coleção, e novamente tomou gosto por colecionar. Seguiu em frente até os dias atuais, quando já possui em seu acervo aproximadamente 60 mil carteiras, de 213 países, territórios, colônias e ex-países.

Entre tantas, a de que ele mais gosta é a Crysanthemos, esta produzida em Rio Pardo, e que conseguiu de uma maneira inusitada. Conta-nos que nos anos 80 foi a uma festa da Oktoberfest, e que estava passeando pelos estandes. Quando chegou no estande que representava a cidade de Rio Pardo, viu na parede a embalagem de cigarros. Conversou com o responsável pelo local, que prontamente lhe passou o contato do dono da carteira. No dia seguinte, Silveira nem foi trabalhar em Porto Alegre. Ele procurou o proprietário da embalagem, que era o genro do dono da antiga fábrica; depois de um bom bate-papo, foi presenteado com o belo exemplar.

As carteiras que apresentamos só reafirmam a força do mercado tabagista da época. Aqui estão marcas produzidas em Rio Pardo, Santa Cruz, Sinimbu e outros municípios.

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2 – Os porta-garrafas!

Na década de 1980, não eram só as guloseimas que atraíam a gurizada para os aniversários. Havia também os acessórios: chapeuzinhos, pratinhos, copinhos, balões! E, para enfeitar as garrafinhas de refrigerantes e gasosas, existiam os porta-garrafas, com estampas da Disney, que ajudavam a embelezar a decoração.

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3 – Minha Lamborghini

Nos anos 80, carrinhos de controle remoto não eram comuns. Eram o sonho da gurizada que tinha somente carros de plástico, sem nenhum tipo de motorização. O jornalista Sandro Viana, 50, era um desses meninos que sonhavam em ter um carro de controle remoto. Porém, o maior impedimento era o preço do brinquedo, proibitivo para família de classe média. “Meu pai era motorista de ônibus e já ralava muito para poder pagar meus estudos no Colégio Mauá”, afirma.

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O jornalista Sandro Viana com a Lamborghini, presente que ganhou de seu pai quando menino

Viana lembra que, na época, seus pais sempre davam um pequeno presente como incentivo pela aprovação na escola. “Como meu aniversário é em novembro, tinha o presente por passar de ano e ainda o de Natal. Então, pedi um presente só. Depois de muita conversa, o seu Mauro aceitou a proposta”, diz. Foram na loja de brinquedos da cidade, a Caçula. “O carro mais badalado era o Pegasus, da Estrela, mas era ainda mais caro. Então optei pelo Lamborghini, da Glasslite. Nunca me arrependi.”

Para Viana, o carro cumpriu sua função como brinquedo. “Fez minha infância ainda mais feliz.” Mas lamenta que já há algum tempo o Lamborghini não funciona. “É difícil encontrar quem arrume os brinquedos, ainda mais os antigos. Os técnicos estão muito atarefados consertando coisas de primeira necessidade. Daí fica em segundo plano, e tenho medo de que o brinquedo se perca”, relata.

Carrinhos de controle remoto povoavam os sonhos da garotada num tempo em que a maioria dos modelos era de plástico

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4 – O Mundo Maravilhoso da Aviação

Foi a promoção do guaraná Antarctica que fez a gurizada dos anos 80 sonhar com aviões. Estamos falando do álbum de figurinhas O Mundo Maravilhoso da Aviação. Para adquirir um álbum ou um envelope com quatro figuras, bastava que você juntasse cinco tampinhas comuns ou duas de litro. Eram 100 cromos diferentes. Além do álbum, o Guaraná Antarctica lançou o concurso Asas do Brasil. Para concorrer, você retirava um cupom nos postos identificados da Antarctica, preenchia seus dados e concorria a carros Fiat, videocassetes, macacões de aviação, aeromodelos com controle remoto e até um avião de verdade da Embraer, modelo Tupy!

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