O trabalho de repressão aos crimes de jogos de azar resultou em uma operação da Brigada Militar na tarde dessa terça-feira, 14, em Santa Cruz do Sul. Máquinas caça-níqueis, ceduleiras, cartelas e dinheiro foram apreendidos em um conhecido bingo clandestino que fica na Rua Fernando Abott, na frente de uma fruteira. O lugar já foi alvo de diversas ações das forças de segurança. A Gazeta do Sul acompanhou a operação com exclusividade.
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O ponto, quase na esquina com a Rua Marechal Deodoro, próximo ao Hospital Santa Cruz (HSC), estava funcionando com cerca de 30 clientes. Os policiais entraram por uma porta lateral e flagraram a atividade ilegal. Cinco funcionários – um homem e quatro mulheres – se apresentaram como trabalhadores do ponto e receberam um termo circunstanciado. O restante do público foi citado na ocorrência como testemunha e pode ser convocado a depor, caso o Ministério Público ache conveniente.
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O verdadeiro dono do local, no entanto, não compareceu ao ponto, mas sim um advogado que acompanhou a abordagem da BM, realizada por volta das 16 horas. Conforme o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), major Fábio Vilnei da Silva Azevedo, a ação foi deflagrada após uma série de denúncias efetuadas pela comunidade, que monitora a constante movimentação do local.
“Essa atividade tinha parado por um tempo, mas vínhamos recebendo muitas denúncias recentemente. Nosso Setor de Inteligência levantou informações e, nesta quarta-feira, recebemos novos dados que foram checados, o que acabou no flagrante da prática de jogos de azar novamente nesse local”, salientou o comandante do 23º BPM.
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Placas indicavam as regras
O bingo foi fechado após a abordagem da Brigada Militar. O cheiro forte de cigarro chamava a atenção próximo das mesas, que continham cinzeiros com bitucas e copos com bebidas pela metade. Na parede, os responsáveis pelo bingo publicaram diversos avisos com regras aos clientes. Em uma placa assinada pela direção do local, constava que as pessoas deviam permanecer por no mínimo três horas para que um motorista pudesse levá-las dali.
Em um aviso, foi possível identificar que sorteios eram realizados no local entre 15 horas e 22 horas. Outra placa indicava que no dia 7 de outubro haveria um evento com premiação de R$ 40 mil. De acordo com o major Azevedo, além da contravenção penal, a atividade naquele ponto causa mal às pessoas, uma vez que nem sequer existe ventilação.
“Não tem exaustores, e as pessoas fumam e consomem alimentos e bebidas ali dentro daquele ambiente insalubre”, explicou o comandante. Segundo o major, a BM vai continuar acompanhando as denúncias e, se for necessário, o efetivo do 23º BPM irá realizar novas abordagens naquele ponto. “Continuamos atentos, não somente pela atividade delituosa, mas pelo prejuízo que causa às pessoas na intenção de tentar a sorte. Esse maquinário é programado para fazer o cidadão perder.”
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