Santa Cruz do Sul foi uma das 17 cidades do Rio Grande do Sul que foi alvo da Operação Petróleo Real, desencadeada em postos de combustíveis de todo o País por diversos órgãos de fiscalização e segurança como o Ministério Público, Ministério da Justiça, Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Vigilância Sanitária, dentre outros.
A operação visou fiscalizar postos e reprimir irregularidades, além de combater os constantes reajustes que os valores do combustível tem sofrido recentemente e prevenir e reprimir os crimes relacionados às práticas abusivas e ilegais que afetam este setor. Escolhidos de forma aleatória pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), quatro postos do município foram alvos das ações. Polícia Civil e Guarda Municipal deram apoio nas diligências.
Foram feitas análises sobre a quantidade de combustível despejado pelas bombas, qualidade, quantidade de álcool na gasolina, placa com informações de tributos, entre outros. Ao todo, nove bombas irregulares foram lacradas pelo Inmetro, oito apresentaram vazamentos e uma tinha quantidade menor do que deveria.
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Dois postos não possuíam a placa informativa de preços; um não possuía exemplar do Código de Defesa do Consumidor; e um não possuía os equipamentos para realizar o teste de quantidade de etanol anidro misturado na gasolina. A Vigilância Sanitária ainda identificou irregularidades em duas lojas de conveniências.
A Gazeta do Sul acompanhou as diligências nos quatro postos de Santa Cruz do Sul. Logo no início da manhã, o Posto do Galo foi interditado por quase uma hora para que fossem feitas análises nos combustíveis e verificadas outras exigências. O proprietário Roberto Ruschel comentou à Rádio Gazeta FM 107,9 que foi surpreendido com a ação e com a maneira de como ela foi feita.
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“Foi fechado, por volta das 8 horas, para que fossem feitas medições no combustível. Ficou provado que não há irregularidades, que está tudo certo e mantemos um padrão de qualidade.” O Posto 1 foi o segundo alvo da operação ainda durante a manhã. “É uma fiscalização de rotina que acontece anualmente e nos dá credibilidade para vendermos o nosso produto”, disse o gerente administrativo do local, Jader Preto.
No posto, uma das bombas teve que ser fechada por causa de um vazamento. “Um caminhão acabou encostando e causando esse pequeno vazamento no bico, antes de distribuir para o cliente. Até que seja corrigido o problema esse bico fica fechado, mas o restante do posto está funcionando normalmente”, relatou Preto.
Por volta de 13h30, o Posto Nevoeiro, no Bairro Arroio Grande, foi o terceiro alvo das forças de fiscalização. No local, duas bombas apresentavam pequenos vazamentos e foram lacradas.
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Os fiscais do Inmetro ressaltaram que não foram encontradas quaisquer irregularidades no combustível do local que pudessem causar prejuízos ao consumidor. No entanto, o vazamento indica um problema de caráter ambiental e, por isso, as bombas foram fechadas. A manutenção nos vazamentos será prontamente feita.
“Em outubro fecha seis anos que sou gerente aqui e esse tipo de fiscalização e operação são muito importantes. Tem que fazer. Anualmente são realizadas ações do tipo e ficou mais uma vez provado que nosso posto não tem nada de errado e isso é importante para deixar nossos clientes tranquilos”, afirmou Nestor Behling, responsável pelo estabelecimento.
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Já por volta das 15h15, o Posto Malheiros, no Bairro Bom Jesus, apresentou uma diferença na quantidade de combustível que sai na bomba, em comparação ao que é apresentado no painel digital do preço e litros injetados nos veículos. A gasolina foi colocada em um galão, no qual cabem exatos 20 litros. Quando o recipiente encheu, o equipamento indicava ter entregue 260 mililitros (ml) a mais – portanto, ao entregar 20 litros, cobrava 20,260 litros.
O mesmo teste foi feito em outra bomba, e esta, ao encher o galão, ainda indicava ter despejado 19,880ml – logo, entregaria, sem cobrar, 120ml. Segundo o Inmetro, como a primeira causava prejuízo ao consumidor, ela foi lacrada. O Procon ainda relatou que não havia Código de Defesa do Consumidor no estabelecimento.
A gerente do posto, Angela Malheiros, comentou que as instalações do local são recentes e as manutenções vêm sendo realizadas para deixar os equipamentos sem quaisquer diferenças. “Iniciamos aqui em abril. Ficou claro que não há qualquer má intenção, até porque foi em uma bomba, não em todas, e outra entregava até mais combustível do que aparecia. Já acionamos a manutenção e estamos agilizando para deixar tudo corrigido. Todos os clientes que tiverem dúvidas, estamos dispostos a esclarecer”, salientou ela. Em virtude deste caso, um termo circunstanciado foi registrado pelos fiscais do Inmetro na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).
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