Copa do Mundo

FOTOS: O Catar que não apareceu nas telas

Entre um jogo e outro do Brasil na Copa do Mundo, e entre um compromisso e outro da agenda de convidado especial da Fifa para o evento, o santa-cruzense Tiago Rech, que acompanha a grande festa do futebol no Catar desde a véspera da partida inaugural, aproveita para fazer imersão cultural nessa terra situada praticamente dentro do Golfo Pérsico. Com o olhar apurado de jornalista, Rech foi conferir costumes e tradições locais. Nessa sexta-feira, estava na torcida, no Education City, e lamentou muito a desclassificação da Seleção Brasileira nos pênaltis, diante da Croácia, que assim seguiu para as semifinais.

Sempre que viável, Tiago visita lugares especiais e compartilha o que vê com a Gazeta do Sul. No domingo passado, por exemplo, saltou cedo da cama para ir… ao deserto! Ainda estava escuro, às 5 horas, quando, em grupo de seis pessoas, saiu em caminhonete de sete lugares, comum por lá. “Inclusive tem o Uber XL, que pode levar até sete pessoas, o que realmente diminui custos”, frisa. Foram em direção ao Sul, até Mesaieed, última cidade. “Depois, é só deserto, até a Arábia Saudita.” Em Mesaieed estão as refinarias de petróleo, e a maior parte dos moradores trabalha na Qatar Energy. “Impressionante o tamanho do parque industrial. Dava para ver o fogo da queima dos gases saindo das chaminés”, comenta.

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Na visita a Mesaieed, pôde andar em um camelo. “Acredito que tinha mais de 50 por ali, esperando os turistas, junto com seus cuidadores. Por valor extra, subimos nos camelôs e fomos em direção ao topo de uma duna para ver o sol nascer”, cita. “Vou te dizer que andar de camelo não é das coisas mais confortáveis, mas vale como experiência de vida (risos). Foi realmente arrebatador ver o sol nascer junto ao mar lá de cima.”

De lá partiram para nova parada: o encontro com o mar. “O deserto do Catar é um dos raros onde o mar encontra as areias. É uma das coisas mais lindas que já vi. Não nos seguramos e resolvemos tomar um banho no Golfo Pérsico, em água cristalina e quente.”

À tarde, foi convidado do Ministério da Cultura para uma imersão sobre o país. “Eles realmente se empenharam em criar atrações para divulgar a cultura, a história, as tradições. Nos buscaram de ônibus. Fomos os 45 Fan Leaders do país e outro ônibus de brasileiros do Movimento Verde-Amarelo (MVA)”. Os homens foram recepcionados com uma caixa de presente, contendo a nota especial comemorativa de 22 QAR do Banco Central, um ímã de geladeira, uma lavanda-perfume tradicional de lá e o Ghutra, o adorno na cabeça tradicional do país. “Nos encaminhamos para a primeira parada, e aí já se percebe uma primeira questão cultural: os homens e as mulheres foram separados, cada um em uma tenda.”

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Puderam provar o Karak, o tradicional chá do Catar, com chá preto, cardamomo e leite. E vestiram o Ghutra, com apoio dos homens ali presentes. Depois foi uma sequência de paradas: um curto passeio de camelo; e a área com o falcão, ave símbolo do Catar, quando Tiago teve a experiência de segurar um por um instante.

Em seguida, hora de experimentar a comida típica do país. “O prato que recebi era frango no curry com arroz. Outros ganharam cordeiro. E um potinho com uma tâmara para mergulhar no leite”, diz. “Naquela parada nos pediram para cantarmos as músicas da torcida, para eles gravarem. É impressionante como o Brasil é adorado por todos. Por fim, passamos num setor em que havia danças com espadas, e uma área onde mostraram a pescaria, que, junto com as pérolas, era a forma de subsistência no Catar até pouco tempo antes de se iniciar a exploração do petróleo e do gás natural.”

O falcão é a ave símbolo do país, e os seus adestradores são populares
Uma cédula de catari, moeda local do Catar, comemorativa para a Copa
Foto de Tiago tirada durante uma das partidas às quais assistiu em sua estada em Doha
Tiago: a experiência de andar em camelo nas áreas desérticas do Catar

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caroline.garske

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