Olá! Falar ou escrever sobre cerveja em região identificada com a colonização alemã, como é o caso de Santa Cruz do Sul, nunca estaria fora de propósito. E na terra da Oktoberfest uma saborosa Bier não é só item de consumo regular; não raro, se transforma em motivo até para coleção.
Que o diga o seu Walter Enio Steinhaus, que aliou ao gosto por saborear boas cervejas também o hobby de preservar diferentes tipos de garrafas. Resultado: hoje mantém cerca de 1.400 exemplares, de todas as partes do mundo.
Mas não só. Steinhaus ainda reúne uma infinidade de outros itens associados ao universo da cerveja, como colecionador típico e clássico. Desse modo, possui em torno de 23 mil itens, que, como seria de prever, ajudam a contar a própria história dessa bebida e de sua difusão em sociedade.
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Além do acervo de Steinhaus, uma vez que estamos na proximidade do Natal, lembramos dos enfeites de pinheirinho que todas as famílias possuíam em épocas passadas. E, presente dos presentes da garotada em outros tempos, recordamos do autorama do Nelson Piquet! Para completar essa viagem, quem por aí não tinha em casa uma jarra com tampa da promoção do Nescafé? Feliz Natal para todos!
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Colecionismo
Para a véspera do Natal, fomos presenteados com uma belíssima coleção de garrafas de cervejas. Na verdade, seu Walter Enio Steinhaus é um multicolecionador. Santa-cruzense de 62 anos, começou sua coleção com latas; depois vieram os rótulos, e mais tarde todos os tipos de garrafas de cervejas, configurando mais de 23 mil itens de todo o mundo.
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Casado com dona Juraci, pai da Maria Augusta e da Natália, hoje aposentado, utiliza seu tempo para aumentar sua coleção e cultivar as amizades que esse hobby lhe proporciona. Sua coleção começou na década de 1990, e seu interesse foi tão grande pelos itens cervejeiros que inclusive ele e seus amigos chegaram a fabricar a sua própria marca artesanal. Ela levava as iniciais dos amigos, Betti, Jaromicz, Steinhaus e Knak, e o nome da cerveja foi um apelido batizado pelo Beto da banca aos seus amigos, que produziam a bebida na Rua Assis Brasil. A Máfia d’Assis foi criada apenas para consumo próprio e, como é de praxe, colecionador não pode deixar de ter aquela peça exclusiva: além de criar a sua marca, eles idealizaram seu rótulo.
Hoje, em seu acervo de garrafas, possui mais de 1.400 unidades, dos mais variados modelos e nacionalidades. Elas são de vidro, alumínio, barro etc. Nas prateleiras, pude observar as antigas garrafas de Brahma, Antarctica, Caracu, Malt 90 e outras daquela época. Também me chamou a atenção a variedade de cervejas artesanais, principalmente as fabricadas aqui na nossa cidade e algumas da região.
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Em clima de Natal
Hoje, vamos lembrar das épocas em que a árvore de Natal era um pinheiro natural, cortado, colocado dentro de uma lata grande com pedras e água e alguns Melhoral, para conservar por mais tempo. E seus enfeites eram muito inusitados. É deles que vamos recordar nesta edição. Lembro me de tentar ajudar minha mãe a decorar a árvore natalina, algo que era mais difícil em décadas passadas, pois as bolinhas eram de vidro e se quebravam fácil. Havia também os passarinhos, que eram colados em um grampo, e mini porta-velas para iluminar a árvore.
Minha avó contava para minha mãe que antigamente muitas árvores pegaram fogo por causa dessas velas. Mais tarde, elas foram usadas apenas para adornos. Também é impossível esquecer-se do algodão, que era jogado sobre a árvore para lembrar da neve, sem falar das alfinetadas que a gente levava ao fazer a decoração. E, para finalizar, não podemos esquecer do presépio, um conjunto de estátuas que nos conta toda a história e o verdadeiro significado do Natal.
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O autorama que te fazia ser um… Nelson Piquet
Foi em 1985 que Cristiano Hammes, hoje empresário, casado com Jaqueline e pai do Lucas e da Isadora, teve um dos Natais mais incríveis da sua vida. Ele conta que seu Pai, seu Lauro Hammes, na época era um representante comercial da metalúrgica Mor, e às vezes chegava a ficar vários dias fora de casa em viagens de negócios. Mas naquele Natal seu Lauro tinha chegado dias antes em casa. Havia um quartinho nos fundos da residência, peça que estava pouco tempo antes alugada a duas senhorinhas, e seu pai começou a permanecer horas lá. Às vezes ele ia à noite, às vezes durante o dia e, quando saía, chaveava a porta.
O suspense era tanto que Cristiano lembra de perguntar tanto para a mãe como para o seu pai o que estava acontecendo. Mas sempre havia uma desculpa. No dia do Natal, seus pais convidaram o Cristiano e seu irmão Carlitos para ir ao quartinho, que o Papai Noel tinha passado por lá e, para grande surpresa, havia um autorama do Nelson Piquet, todo montadinho, pronto para brincar. Tinha um carrinho azul da Brabham, e o outro era uma Ferrari. Memórias que jamais vão se apagar, pois era um brinquedo raro e, ao mesmo tempo, um sonho quase inatingível, que seus pais realizaram.
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A jarra de Nescafé
Numa promoção, você comprava um vidro grande de café Nescafé e ganhava uma tampa exclusiva. Depois de consumir o café, podia usar o vidro como jarra e a tampa como suporte. Vinham em várias cores e faziam parte do cotidiano dessa geração.
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