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EM PINHEIRAL

FOTOS: miniempresas arrecadam recursos para escola de Santa Cruz

Professores de outras disciplinas auxiliaram os alunos para a confecção dos produtos

Os corredores da Escola Estadual de Ensino Fundamental Sagrada Família, em Linha Pinheiral, interior de Santa Cruz do Sul, se transformaram em um mercado de ideias e produtos na tarde de segunda-feira, 8. Alunos do 8º e do 9º ano apresentaram os resultados de um projeto inovador de educação financeira, que não apenas ensina princípios econômicos, mas também promove uma experiência prática de empreendedorismo.

A iniciativa é da professora de Matemática Carla Jandrey, que há anos se dedica a desenvolver novas metodologias de ensino. “Os estudantes não apenas aprenderam sobre finanças pessoais, mas também colocaram a mão na massa para criar suas próprias microempresas”, explica. O projeto também tem ajudado a combater a ansiedade dos alunos e os incentiva a largar um pouco os celulares para focar em atividades práticas e colaborativas.

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A cada semana, uma aula é dedicada exclusivamente à educação financeira, um compromisso que a professora considera essencial para o desenvolvimento integral dos estudantes. “Não abro mão dessas aulas porque sei que é algo que realmente interessa a eles. Se não nos adaptarmos ao que é do interesse dos alunos, corremos o risco de ficarmos obsoletos”, ressalta Carla.

Uma das miniempresas fez suportes de celulares e tablets contra dores na coluna 

A iniciativa envolveu sete miniempresas este ano, cada uma delas gerida por um grupo de alunos determinados a transformar conhecimento teórico em prática lucrativa. A professora Carla destaca também a importância da colaboração entre os professores para a implementação do projeto, como as professoras Camila Vargas, de cooperativismo; Sandra Borges e Tais Freitas, medição de estudos; Susana Scherer, cultura digital; e Fernando Ataide, de práticas experimentais e ciências humanas.

Com 27 alunos engajados na atividade, a feira da última segunda não foi apenas uma oportunidade de venda, mas um exercício de negociação e marketing. Os lucros obtidos serão reinvestidos na escola, destinados à compra de materiais esportivos como bolas de futebol e vôlei, com 10% reservados por cada grupo para garantir a continuidade das suas microempresas.

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Antes das férias, os alunos esperam não apenas consolidar suas vendas, mas também colher os frutos de um aprendizado que vai muito além da sala de aula tradicional. “Estamos todos muito orgulhosos do que alcançamos até agora. É gratificante ver como a educação financeira pode transformar não apenas a vida dos alunos, mas também o ambiente escolar”, afirma Carla.

Para saber

Em abril deste ano, foi sancionada pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul a lei 9.649/2024, que prevê a inclusão de conteúdos relacionados a educação financeira nas escolas municipais. A matéria é de autoria do vereador Rodrigo Rabuske.

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A lei prevê que as atividades e os conteúdos devem ser contemplados como tema transversal, estarem presentes nas diferentes disciplinas do contexto escolar e serem desenvolvidos de forma interdisciplinar. 

Momento de compartilhar o projeto

As sete miniempresas envolveram assuntos relacionados a confecção de cachecol, barra de sabão, repelente contra a dengue, criação de pipas, meliponário que envolve a criação de abelhas, pulseiras e suporte para equipamentos eletrônicos. Um dos participantes compartilhou detalhes sobre como a iniciativa não só beneficia a comunidade escolar, mas também ensina lições de educação financeira.

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Gabriel Hackenhaar Pain, de 14 anos, falou sobre o projeto do grupo, que desenvolveu suportes de madeira para apoiar celulares e tablets. “Estamos trabalhando nisso há cerca de seis meses. No início, a gente usou tábuas que já tínhamos e compramos alguns pregos, mas a maior parte dos materiais está disponível no galpão da escola.”

A ideia foi trazida para a escola pelo integrante do grupo Guilherme Sehnem, de 17 anos. Ele contou que durante um dia em casa foi até o galpão e visualizou algumas tábuas, e pensou na criação do suporte. A partir dali, a ideia foi levada para dentro da sala de aula. Durante a feira na escola, o produto foi vendido pelo preço de R$ 5,00.

Com dedicação, os alunos levam cerca de uma semana para fazer cada suporte. O grupo de Gabriel e Guilherme também destacou que o objeto ajuda a evitar problemas de saúde, como dores na coluna cervical. Além disso, sob a orientação da professora Carla Jandrey, eles aprendem sobre como investir e usar de forma inteligente o dinheiro, por meio da miniempresa. 

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Também fazem parte desse projeto os alunos Cauã da Silva Santos, 16 anos; Thierry Luquini da Silva, 15 anos; Lucas Cerentine, 15 anos; e Tauany Elisa Giehl, de 14 anos. Veja abaixo registros feitos pela fotógrafa Rafaelly Machado

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