O vento gelado que soprava ao cair da noite de sexta-feira, 8, em Rio Pardo não foi obstáculo para Joana D’Arc, de 50 anos. Em frente à Igreja Matriz, de pés descalços, ajoelhada e com lágrimas nos olhos, ela tinha na fé o motivo para agradecer. No ano passado, seu filho Josefer Elias, de 32 anos, sofreu um grave acidente doméstico ao cair em um buraco e fraturar a patela.

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“Ele ficou sem andar. Não conseguia mais jogar o futebol que tanto gostava. Chorei muito. Minha nora e eu fizemos uma promessa e hoje ele está aí, bem, andando de novo, jogando. Tenho certeza que foi a Virgem Maria que nos deu essa graça”, disse ela. Assim como Joana, milhares de pessoas, muitas delas descalças, participaram da tradicional Procissão do Senhor Morto na Cidade Histórica.

Na Semana Santa, a ocasião religiosa relembra o momento em que os discípulos retiram o corpo de Jesus Cristo da cruz para sepultá-lo. Para muitos fiéis, é um momento para pedir bênçãos. O evento em Rio Pardo começou por volta das 18h15, foi conduzido pelo padre Maurizan do Nascimento e contou com momentos de prece e também de canto.

Após a descida da cruz, a imagem do Cristo morto foi colocada em um esquife para dar início à procissão. A caminhada de 2 quilômetros passou por nove vias. Muitos fiéis levaram velas, e moradores de casas e prédios abriram as janelas e saíram à calçada para acompanhar. O evento foi finalizado com o retorno à Igreja Matriz.

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