Santa Cruz do Sul, sede do 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB), se tornou o ponto de encontro de uma grande mobilização que vem reunindo moradores de diversas cidades do Vale do Rio Pardo. Desde a última segunda-feira, após o resultado das eleições presidenciais, pessoas com bandeiras do Brasil e camisetas da Seleção Brasileira, a maioria de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), permanece em tempo integral em frente à sede do Exército.
O movimento, conforme o santa-cruzense Julio Arruda, é pacífico e vem recebendo a adesão de mais pessoas diariamente. “Estamos em uma vigília, não só aqui, mas em todo o Rio Grande do Sul e País, esperando auditorias e esclarecimentos que as Forças Armadas devem dar na próxima segunda ou terça-feira através de um relatório, sobre a legitimidade das eleições ocorridas no domingo. As eleições não foram transparentes pra nós e o Exército foi convidado a participar dessa auditoria e foi solicitado que desse um respaldo sobre o que auditaram no primeiro e segundo turno”, comentou Arruda.
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De acordo com os manifestantes, água e comida vem sendo distribuídas entre os participantes, que vieram de cidades como Vera Cruz, Sinimbu, Rio Pardo, Venâncio Aires, Pantano Grande, Encruzilhada do Sul e outras. Segundo Julio Arruda, o movimento é cíclico. “Enquanto um sai, vem outra pessoa. Depois troca. Vamos alternando, mas sempre mantendo alguém aqui, de forma voluntária, ninguém é líder. Não temos prazo para sair daqui”, salientou o santa-cruzense.
A reportagem foi até o local neste sábado, 5, e conversou com pessoas de outras cidades que vieram até Santa Cruz para participar do movimento. “Estamos fazendo parte da nossa história, lutando pelas próximas gerações”, disse Douglas Herzog, de Rio Pardo, que revelou ter deixado a filha de 20 dias em casa. “Vim lutar pelo futuro dela”, complementou.
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“É um movimento ordeiro, com participação de senhoras, crianças, público em geral. Não temos partido. Aqui é pelo Brasil”, salientou Laerte Hochscheidt, de Vera Cruz. Para o pastor William Prado, que veio de Pantano Grande, as pessoas que estão indo até as sedes do Exército lutam por um País melhor. “Estamos todos juntos e queremos lutar por um Brasil que tenha liberdade, onde possamos criar nossos filhos sem censura.”
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