Polícia

FOTOS: ladrões arrombam residência e fazem “limpa” em Santa Cruz

Imagine chegar de viagem em casa e, ao abrir a porta, ver que todos os seus pertences e objetos pessoais, comprados com economias juntadas durante anos, não estão mais ali. O pesadelo de ter uma casa completamente esvaziada por ladrões se tornou realidade para o aposentado Rogério Soares Souza, de 62 anos. Morador da Rua Joaquim Murtinho, na divisa dos bairros Centro e Bonfim, em Santa Cruz do Sul, ele saiu de sua residência no último dia 3 para ir a Montenegro, onde possui imóveis, e Porto Alegre, onde tinha uma consulta médica e mora seu filho.

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Porém, na última quinta-feira, recebeu uma ligação pela manhã, de uma vizinha. “Ela perguntou se eu estava me mudando, porque viu uma escada perto de uma parede e identificou que o ar-condicionado havia sido retirado”, disse Souza. O fato soou estranho ao aposentado, que afirmou à vizinha que não tinha planos de se mudar. Ele voltou a Santa Cruz do Sul no mesmo dia. Quando chegou em casa, abriu a porta da garagem e enxergou os danos. A residência estava revirada.

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Absolutamente tudo foi levado: televisão, notebook, máquina fotográfica, ventilador, máquina de cortar grama e até eletrodomésticos de maior porte, como geladeira, fogão e micro-ondas. Mais do que isso, os ladrões chegaram a furtar uma cama de casal, poltrona, pratos, talheres, copos, ferramentas e um torneira de água filtrada. Chamou a atenção ainda o fato de terem se apropriado de itens como pasta de dente e outros de higiene pessoal, além de toda a fiação elétrica do imóvel.

“Também levaram todas as minhas roupas, até minhas meias e cuecas. A sorte é que eu tinha levado um casaco na viagem, que está comigo”, disse a vítima. Nascido em Encruzilhada do Sul, vindo morar em Santa Cruz com 5 anos, Rogério Soares Souza retornou à moradia que é sua de herança, na Joaquim Murtinho, em setembro do ano passado. Antes, uma mulher utilizava o imóvel pagando aluguel.

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Para o morador, o grande mistério do caso está em como os ladrões entraram. Não há sinais de arrombamento. “Tem uma porta da garagem que utilizaram para sair, mas não há sinais de terem forçado ela por fora, então não sei como entraram”, explicou. As janelas possuem grades e as portas estavam intactas. Nenhum vidro foi quebrado. A possibilidade de os ladrões terem entrado pelo telhado, para depois saírem com os móveis pela porta da garagem, também foi descartada por Rogério. “São telhas diferentes, difíceis de retirar e parafusar novamente.” Segundo ele, ninguém mais tinha a chave da casa.

Criminosos levaram escrituras de imóveis

Segundo vizinhos de um prédio próximo, um caminhão estacionou nas proximidades da residência no dia 9, pela manhã. Três homens foram vistos, mas não houve a conexão com um possível crime, principalmente porque são comuns movimentações do tipo em mudanças de moradores. Aparentemente, os ladrões foram ao local observar a residência, pois o crime, segundo o proprietário, teria acontecido durante a noite de quarta e madrugada de quinta-feira, quando estava chovendo.

Foto: Rafaelly Machado
Foto: Rafaelly Machado
Foto: Rafaelly Machado
Foto: Rafaelly Machado
Foto: Rafaelly Machado

“Fui verificar nos prédios, não houve mudanças de moradores naquele dia. Ou seja, aquele caminhão deve ter sido o que foi utilizado para o crime”, opinou. Um fato suspeito, identificado por Rogério, é que foram levadas as escrituras daquela residência e de terrenos que ele possui em Montenegro. “Estavam procurando por algo. Reviraram os papéis, deixaram muitos, mas esses eles levaram. Ladrão comum não leva documento”, ponderou.

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Esse tipo de crime também é incomum em Santa Cruz do Sul. Não há registros de ocorrências de arrombamentos dessa natureza, sobretudo na região central da cidade, com utilização de veículo de carga para retirar essa quantidade de objetos, alguns de tamanho grande. Os criminosos usaram sacolas de mercado da própria vítima para guardar os objetos menores. Por fim, ainda beberam, comeram e urinaram nas peças da casa. Eles deixaram um par de tênis e uma capa de chuva amarela dentro do imóvel, que podem ser analisadas.

O caso está sob investigação da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP). Por enquanto, os agentes não foram à cena do crime e concentram-se na busca de imagens de câmeras que possam identificar os passos dos autores. Ao longo dos últimos dias, Rogério vem tentando reaver a parte elétrica da casa e reforçar a segurança nos acessos. Alarme, câmeras e sensores de presença também estão sendo instalados. O prejuízo para o morador de Santa Cruz é incalculável.

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Guilherme Bica

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Guilherme Bica

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