A tarde desta quarta-feira, 12, foi de sorrisos largos e olhinhos brilhando para cerca de mil crianças no Bairro Bom Jesus, em Santa Cruz do Sul. O motivo é a festa de Dia da Criança organizada pela moradora da Rua Adolfo Pritsch, Rosária Maria Lopes, que há 26 anos torna o feriado de 12 de outubro mais feliz para os pequenos que moram por ali.
O evento, que começou às 14 horas, em frente à casa dela, contou com distribuição de cachorro-quente, refrigerante, tortas, picolé, algodão doce e outras guloseimas. Já a diversão ficou por conta dos brinquedos infláveis, música e personagens que estiveram presentes ajudando a entregar os presentes e entreter a criançada.
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A Rua Adolfo Pritsch ainda ganhou decoração especial para a festa. Além de uma limpeza reforçada, os cordões das calçadas foram repintados e as casas do entorno receberam balões azuis, amarelos e brancos, em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, que também é celebrada no dia 12. Ao todo foram mais de 30 voluntários envolvidos no evento, que distribuiu 1 mil cachorros-quentes, 1,4 mil unidades de picolé e algodão doce, 1,4 mil fatias de torta e 560 litros de refrigerante, além de 680 pacotes de balas e pirulitos para as crianças menores.
Mas a festa da Adolfo Pritsch nem sempre teve essa proporção. A história do Dia da Criança no Bom Jesus tem uma origem menos alegre. Isso porque, em 1995, Rosária viveu momentos de aflição diante do nascimento da primeira e única filha, Júlia Lopes Canello. O parto estava previsto para o dia 12 de outubro daquele ano, mas Júlia só veio ao mundo cinco dias depois, com um problema de saúde que poderia lhe impedir de caminhar se não fosse tratado imediatamente.
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Foi então que Rosária prometeu à Nossa Senhora Aparecida que se tudo desse certo com o tratamento da filha, ela iria realizar uma ação no ano seguinte para as crianças do bairro. E foi o que aconteceu.
Júlia recebeu os atendimentos que precisava, curou-se, e, em 1996, Rosária começou a escrever a história da festa de Dia da Crianças no Bairro Bom Jesus, com dois pacotes de bala que comprou e distribuiu na frente de casa.
Atualmente, Júlia ajuda a mãe a manter a tradição iniciada há 26 anos. Para conseguir os suprimentos para a festa, ao longo do ano, elas realizam uma série de atividades. Tudo é adquirido a partir de doações. Mãe e filha também entregam, semanalmente, marmitas a moradores em situação de vulnerabilidade social e são referência em solidariedade e auxílio no bairro.
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