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SEMANA SANTA

FOTOS: emoção nos 30 anos da Paixão de Cristo em Rio Pardo

Foto: Alencar da Rosa

Do alto de uma estrutura, cena da crucificação de Jesus prendeu e emocionou o público, fechando mais uma edição do espetáculo

Nem mesmo o frio da noite dessa sexta-feira, 7, em Rio Pardo afastou o público de assistir a um dos espetáculos mais consagrados na região e que ultrapassa gerações. A Paixão de Cristo, encenação protagonizada por atores da comunidade, com direção de Dmitri Rodrigues e roteiro de Letícia Mendes, lotou o antigo Forno de Cal e provocou emoção.

O evento foi organizado pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Turismo e Cultura, integrando a programação da Semana Santa da Cidade Histórica. Começou às 20h30, mas desde as 19 horas o público já chegava ao local com suas cadeiras a fim de garantir um bom lugar à frente, ou mesmo ocupar um dos assentos da arquibancada móvel.

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O espaço no Forno de Cal apresentou cenários construídos, que permitiram a quem assistia reviver histórias bíblicas e passagens marcantes de Jesus Cristo. A iluminação foi outro show à parte, dando um toque especial, assim como a trilha sonora.

Com 43 anos, Maicols Lara Rocha é morador de Rio Pardo e integra a Andarilhos Companhia Teatral. Ele participou de todas as encenações da Paixão de Cristo, desde que tinha 13 anos. Já passou por todos os tipos de personagens e atualmente interpreta o obscuro Diabo, que faz questionamentos a Jesus durante boa parte do espetáculo. “Esse personagem era um dos meus favoritos ao longo dos anos. Tem um ar misterioso e traz falas que muitas vezes ninguém quer dizer, mas que são verdades, colocando dúvidas e gerando interpretações no público”, comentou.

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Conforme o diretor Dmitri, tudo foi articulado para reviver momentos históricos do espetáculo, que completa 30 anos, mas também para trazer à tona conceitos importantes do cotidiano atual, que precisam ser discutidos. “Fazer arte é sobre isso, redescobrir fórmulas e se manifestar. Paixão de Cristo é um exemplo bom disso. A gente se reinventa a cada ano, inclusive partes dessa história, sem perder a essência, mas adicionando sempre um novo tempero, para trazer temas mais atuais. Nesses últimos dois anos, especialmente, trouxemos discussões sobre como a mulher é tratada na sociedade”, salientou.

“É quase uma obrigação que temos na peça, de sempre reinventar da forma mais ampla possível. Desde o texto e cenas novas até formas de mostrar cenas antigas”, complementou o diretor, que integra a Paixão de Cristo em Rio Pardo desde 1999 e interpretou Jesus Cristo por oito anos consecutivos, até 2006. Desta vez, além da direção, deu vida ao personagem Pôncio Pilatos, que acaba condenando Jesus e permitindo que ele seja crucificado.

Essa cena, do alto de uma estrutura, sob luzes e fumaça, levou às lágrimas muitas das pessoas que lotaram o Forno de Cal, e fechou o espetáculo histórico em Rio Pardo.

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Cleusa e Vendelino Piovesan viram pela terceira vez o espetáculo | Foto: Alencar da Rosa

Ambiente que dialoga com a peça

Quase uma hora e meia antes do início do espetáculo, Cleusa e Vendelino Piovesan, de 59 e 75 anos, respectivamente, já estavam com o mate pronto e se aconchegavam em uma parte das arquibancadas instaladas no Forno de Cal. Moradores do Bairro Arroio Grande, em Santa Cruz, o casal se antecipou na chegada para garantir um assento, pois sabia que a disputa pelos espaços seria grande ao se aproximar a hora da apresentação.

“A primeira vez que assisti, me surpreendi com a beleza, com o som e com as luzes, além de serem muito bons os atores escalados”, comentou Cleusa. Os dois já viram a peça em duas oportunidades, mas quiseram assistir ao especial de 30 anos da Paixão de Cristo.

“É muito interessante, porque eles organizaram diversos cenários e a gente não precisa ficar andando. Olha uma cena para um lado, depois para o outro”, disse Vendelino. “O ambiente rústico desse local, com as estruturas e árvores, dialoga com a peça. É um momento em que a gente pode fazer uma oração e também apreciar a arte”, complementou Cleusa.

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