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FOTOS: em Vila Mariante, o amparo é na solidariedade

O portão e o interfone instalados há cerca de dez dias já não existem mais. Na Escola Estadual de Ensino Médio Mariante, em Vila Mariante, no município de Venâncio Aires, a perda material era apenas uma, de tantas. “Nem temos noção ainda de tudo o que perdemos. A estrutura foi muito atingida. Nunca vi nada assim”, disse a diretora Naira Elisabeth da Silva da Rosa, desde 2012 atuando na instituição. Entre sacos de lixo repletos de material didático, livros e documentos totalmente danificados, a equipe encontrava amparo na ajuda voluntária.

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Cerca de 50 pessoas auxiliavam na limpeza do espaço. Entre eles professores, funcionários e equipes do Corpo de Bombeiros e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). “No sábado anterior ao ocorrido, nós realizamos reunião com as famílias. Estávamos comemorando o cenário positivo da escola. Com a enchente, apenas 10% dos estudantes não foram atingidos. Apesar de tudo, o que nos deixa felizes em meio a isso tudo é essa solidariedade.”

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Exemplo disso era a representante comercial Solange Ribeiro, de 60 anos. Moradora de Nova Santa Rita, chegou à localidade pela manhã para auxiliar na reconstrução dos espaços. Além da mão de obra, ela e companheiros de viagem distribuíram sanduíches e café para o grupo. “Nós ficamos comovidos com o que acompanhamos no noticiário e decidimos vir para cá. Aproveitamos a folga para ajudar”, afirmou.

Naira ainda calcula a dimensão das perdas
Solange, moradora de Nova Santa Rita, auxiliava na limpeza da biblioteca da escola
Nas ruas, pilhas de móveis dão a dimensão dos danos causados pela cheia em Mariante

Próximo dali, o pastor Elisiel Krichaki acompanhava os membros da Igreja Novas de Alegria, de Canoas. Em caravana pelas ruas rodeadas de destruição, o grupo realizou a distribuição de 300 marmitas, ao longo dessa sexta-feira. Para amparar os moradores, também entregaram garrafas d’água, cobertores e itens de higiene. “Nós realizamos esse tipo de ação em nosso município. Dessa vez decidimos vir para cá ajudar”, disse.

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Próximos passos

“Água, comida, material de higiene e colchões. Essas são as quatro prioridades no momento”. A fala, do prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, sinaliza a preocupação das equipes, no momento, para atender os moradores atingidos pela enchente. Na sexta-feira pela manhã, enquanto circulava por Vila Mariante, ele lembrou que 60 pessoas ainda ocupavam o abrigo em Linha Mangueirão. “No auge chegamos a 110”, contou.

De acordo com ele, o último resgate havia sido realizado na quinta-feira, quando as equipes conseguiram chegar a um morador de Linha Itaipava das Flores. Até a próxima segunda-feira, a ideia é que possa ser instalado, junto ao pavilhão comunitário, um ponto para distribuição de doações, o que é feito, no momento, no trevo junto à RSC-287. Conforme dados da Prefeitura, na região do segundo distrito, a enchente atingiu cerca de 700 famílias e mais de 2,8 mil pessoas.

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Guilherme Bica

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