No pavilhão 2 do Parque da Oktoberfest estão alguns dos 272 animais resgatados na enchente em Santa Cruz do Sul. Eles foram acolhidos pela Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade em um espaço para que as vítimas possam buscá-los em segurança. Entretanto, muitos ainda não possuem tutores identificados.
A Secretária de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Simone Schneider, salientou a importância das famílias de locais atingidos irem até o pavilhão. “Todos os animais que estão aqui foram chipados, vacinados, desverminados. O reconhecimento pelo tutor é extremamente importante, até porque temos um número bem significativo e não podemos ficar com essa demanda”, disse.
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No abrigo, os cães e gatos estão em pallets de madeira montados provisoriamente ao longo do salão. Cada um possui coberta, roupa, coleira, ração e uma placa de papel que indica informações básicas: como o chamam, se recebeu as vacinas e características físicas.
Além disso, alguns possuem o nome e telefone do dono, que podem visitar os pets e deixá-los lá se ainda não têm condições de levá-los para casa; outros, a identificação “sem tutor”. Uma delas é a Pirulito, como é carinhosamente apelidado pela equipe, a dócil vira-lata caramelo de 10 meses de vida que ainda não tem casa após a enchente [imagem em destaque].
Há probabilidade que nem todos sejam buscados, principalmente os que já eram de rua. Por isso, a Prefeitura já planeja futuras feiras de adoção em Santa Cruz do Sul. “As pessoas já estão limpando suas casas, a tendência é que possam voltar em breve e levem junto seus animais. Já estamos pensando para frente disso”, explica.
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Além do Parque, os animais também estão sendo encaminhados para o Canil Municipal e para a clínica, onde estão os cães e gatos mais debilitados que precisam de cirurgia ou procedimentos especiais.
Ajuda da comunidade
Simone Schneider também comenta que a ajuda da comunidade tem sido crucial neste momento. Já foram mais de quatro toneladas de ração doada, além de remédios e papéis para limpar as fezes.
Porém a busca por estes itens e outros específicos ainda não acabou, visto que novos animais seguem chegando no refúgio. “Ainda temos necessidades como luvas de procedimentos, tamanho médio e grande, vacina quádrupla, coleira e teste para leishmaniose. Ração é sempre bem-vinda”, comentou. Equipes da Secretaria também já deixaram porções de ração no Bairro Várzea, para os pets que estão por lá não fiquem com fome.
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O espaço conta com atendimento de saúde e voluntários que auxiliam na limpeza e vacinação dos bichos, mas também os dão amor e carinho. É o caso da Daniela Lehmen, médica veterinária voluntária que no momento da entrevista com o Portal Gaz, acariciava um dos cães do local. “É importante estarmos aqui avaliando individualmente cada um deles, a gente não sabe da situação que eles estavam e o que viveram. Eu tinha possibilidade e vi essa necessidade, acho que nunca é demais”, comenta.
Ainda há necessidade de voluntários que estejam aptos a auxiliar na limpeza das fezes e do ambiente. Simone ressalta a importância de pessoas que consigam ajudar principalmente na noite, horário que o número de voluntários diminui.
Veja mais imagens do local onde estão os cães
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