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FOTOS: como a tecnologia auxilia o Exército a formar combatentes

AGazetadoSul acompanhou simulação de combate econstatou como a tecnologiatem ajudado na formação dos novos militares | Foto: CMS

Um grupo de jornalistas, influenciadores digitais e integrantes da sociedade civil participou do programa Conheça o seu Exército 2021, promovido pelo Comando Militar do Sul, por meio da 3ª Divisão do Exército. Na quarta-feira, segundo dia de atividades, a programação foi concentrada em Santa Maria, com visitas guiadas às instalações militares utilizadas para treinamentos. A Gazeta do Sul foi um dos jornais convidados.

Durante a manhã, a comitiva foi recepcionada no Centro de Instrução de Blindados General Walter Pires (CI Bld), criado em 1996 no Rio de Janeiro e transferido para Santa Maria em 2004. No local há uma estrutura moderna, com aparelhos e softwares que simulam as ações encontradas pelo militares no campo. A intenção é a especialização para todas as funções necessárias dentro de um tanque de guerra, com base no modelo Leopard 1A5Br: comandante, motorista, atirador e auxiliar. Há uma parceria com o Colégio Técnico Industrial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para o desenvolvimento tecnológico. Em setembro de 2020, a terceiro-sargento Mayara Kellen Leite Ferreira entrou para a história como a primeira mulher a tornar-se especialista na manutenção de blindados.

Coordenado pelo Comando Militar do Sul, programa mostrou para jornalistas e outros convidados as inovações empregadas no treino | Foto: CMS
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O tenente-coronel Camilo Pereira Antunes, comandante do CI Bld, explicou que a história dos tanque de guerra no Exército Brasileiro começou em 1921 com o modelo Renault FT 17. José Pessôa Cavalcanti de Albuquerque serviu na Primeira Guerra Mundial como voluntário no Exército francês e absorveu inovações. No retorno ao Brasil, tornou-se comandante da primeira unidade blindada. “Estamos completando 100 anos do emprego de blindados no Exército Brasileiro”, destacou. “Como dizia Rui Barbosa, podemos ficar 100 anos sem ter um conflito, mas não podemos ficar um minuto sem estarmos preparados”, complementou.

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Sensação de estar em uma batalha real
A bordo de blindados modelo Guarani, de seis rodas, o grupo deslocou-se por três quilômetros até o Centro de Adestramento e Avaliação-Sul (CAA-Sul). As construções começaram em 2015, com investimento de R$ 500 milhões. A infraestrutura será finalizada até 2025. A capacidade é para receber 1,5 mil militares para treinamento, tanto de outras unidades do País como do exterior. A modernidade da unidade tornou-a uma referência na América Latina.

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No local ocorrem diferentes tipos de simulação. A virtual é realizada com computadores e outros equipamentos, que podem estar ligados a telões com sensores. O soldado poderá treinar individualmente, por exemplo, simulando tiros em um cenário virtual. Ou então, um pelotão inteiro poderá estar na mesma sala com um só telão à frente, treinando seus movimentos e ações em uma mesma batalha.

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A simulação viva ocorre no campo e os soldados usam armas e blindados. Porém, em vez de munição, os equipamentos têm laser e emitem sinais de radio-frequência. Nas viaturas e nas fardas, há sensores que captam um “tiro” do combatente “inimigo”, por exemplo, sinalizando que aquele soldado está fora de combate. Todas as informações sobre a movimentação da tropa e disparos virtuais vão para uma central, que acompanha tudo e pode avaliar o desempenho do treinamento.

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A simulação construtiva, principalmente com o uso de softwares em computadores, é empregada por militares com função de comando, para treinar a tática e a estratégia do combate. Os comandantes dão ordens às tropas nesse simulador e podem avaliar o desempenho, tendo de tomar decisões para atingir o objetivo. Uma novidade em relação a outros sistemas já existentes no mundo é que o brasileiro tem integração entre a simulação construtiva e as demais. Assim, uma ordem dada pelo comandante é comunicada à tropa que está no campo, que colocará em prática. Em tempo real, o general pode avaliar o resultado da decisão tomada.

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Participantes puderam conhecer diferentes tipos de simulação que auxiliam no treinamento, no preparo e no emprego de tropas

Manobra tática no campo
No Campo de Instrução de Santa Maria (CISM), o grupo conheceu um pouco do trabalho de preservação ambiental, principalmente na área de mata atlântica presente na unidade militar, uma das únicas no continente localizada longe da costa. Uma das principais atividades é o manejo da população de macacos, com a preocupação da infestação de febre amarela. Outra ação importante é o patrulhamento constante para evitar invasões e caça dos animais protegidos no bioma.

No início da tarde, uma demonstração foi realizada. Na manobra, uma força-tarefa blindada simulou um ataque a posições inimigas empregando o poder de fogo da 3a Divisão de Exército em ações combinadas com a Força Aérea Brasileira. O comandante da 3aDivisão de Exército, general Hertz Pires Machado, fez um discurso de agradecimento no encerramento do dia. “Foi uma pequena parte do que fazemos diariamente. Há um treinamento específico para cada função executada. É um prazer estar com vocês para mostrar um pouco mais da nossa profissão”, disse.

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