A vontade de ter sempre à disposição alimentos e temperos frescos e saudáveis foi o que motivou um casal de moradores do Bairro Arroio Grande, em Santa Cruz do Sul, a criar uma horta sustentável em casa. O aposentado Nilo José Müller, de 71 anos, a esposa Neli Müller, 67, também aposentada, mas que ainda atua como cozinheira no Hospital Santa Cruz, dedicam boa parte de seu tempo à plantação.
No terreno de 515 metros quadrados, localizado na Rua Doutor Arthur Germano Fett, 17 metros são destinados à produção de hortaliças, como repolho, alface, alho, cenoura, cebola, beterraba, morangos e temperos verdes. Além da horta no quintal de casa, o casal possui três terrenos – dois localizados no Corredor Frey e um no Bairro Santo Antônio –, que são destinados ao cultivo de árvores frutíferas, como laranjeira, bergamoteira, pessegueiro e bananeiras. Eles também plantam aipim, batata doce, batata inglesa, milho, feijão e amendoim.
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O interesse pela plantação surgiu ainda na infância. Ambos foram criados no interior do município e aprenderam com os pais a prática, que foi crescendo com o passar dos anos. Em todos os cantos do terreno, o casal vê um potencial para cultivar e explorar as plantas. “Aqui, cada cantinho é aproveitado. Se não der para colocar uma verdura, planto um chá ou uma flor. Para mim, é uma terapia trabalhar com a terra,” disse Neli.
Além do cultivo da horta e do pomar, a aposentada produz conservas em casa. A última safra rendeu 130 vidros de conserva de pepino, 20 de beterraba e dez de cenoura. Os alimentos são destinados ao consumo do casal e dos filhos, além do compartilhamento com vizinhos e amigos. Müller explica que a única coisa que é vendida é o feijão. “O feijão é o que dá mais trabalho para cuidar. Neste ano, apesar da estiagem, tivemos uma boa colheita, em torno de 120 quilos”, frisou.
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Na horta sustentável, além do reaproveitamento da maioria das sementes que são guardadas de um ano para outro, o adubo utilizado é obtido na própria casa, por meio de compostagem, com restos de alimentos, cascas e folhas. Para a irrigação, é feito o aproveitamento da água da chuva, captada em três reservatórios, com 8 mil litros. “Utilizamos garrafas pet para transportar a água até os canteiros. Se não fosse isso, com a estiagem, as plantas não teriam sobrevivido”, explicou Müller.
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