O fim da tarde e início da noite desta sexta-feira,19, foi de reflexão e fé para os santa-cruzenses que se reuniram em frente à Catedral São João Batista e partiram em direção ao Parque da Santa Cruz. A 12ª edição da caminhada da Paixão de Cristo percorreu ruas de Santa Cruz até a encenação da crucificação de Jesus, no destino final da procissão.
Desde a saída, às 17 horas, os peregrinos participaram de orações, juntamente com o grupo de voluntários que encenou a via sacra durante o trajeto. Os voluntários são das comunidades São Luís, do Bairro Monte Verde, e Nossa Senhora do Carmo, do Bairro Margarida. Conforme o Padre Paulo Krindges, a própria encenação era feita em forma de oração.
“Nesta caminhada, nós relembramos a paixão de cristo e, além de um espetáculo, é um momento de celebração e oração”, comentou o padre, lembrando que as primeiras vias sacras eram realizadas em Jerusalém. “A tradição se mantém até hoje.”
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Na celebração, a maior mensagem é de amor, segundo o pároco. “Os nossos dias são feitos de correria, então é bom ter uma parada para refletir, meditar e pensar sobre o sentido da nossa vida. Quando Jesus Cristo nos diz ‘Amai-vos uns aos outros’, ele diz que devemos ser tolerantes, compreensivos. Nesta semana, lembramos dos ensinamentos principais de Jesus”.
São estes os ensinamentos que fizeram com que os pais da pequena Manuela, de 5 anos, a convidassem para participar do evento. Martiela Bartz Pedó e Giovane Pedó se surpreenderam com a resposta positiva da filha, que caminhou ao lado dos pais nesta tarde. “Ela disse: ‘mãe, eu vou caminhar até lá em cima’. Para nós, este dia significa renovação, uma nova vida, uma chance de melhorarmos nosso interior, nossa fé, já que sem fé não somos nada”, explicou a mãe, Martiela.
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A mensagem de amor também levou as amigas Carla Thiel e Sandra Melo a procissão. Carla, que já participa da atividade há três anos, convidou a amiga Sandra, que faz pela primeira vez o trajeto. “É um envolvimento com a Semana Santa, com a comunidade, família, sentimento. É uma maneira de a gente se expressar, junto com os amigos e com a comunidade, de se envolver e participar da Igreja”, disse Carla.
As pequenas atitudes, como os convites entre amigos e familiares, fizeram do evento ainda mais valoroso. Até porque, como lembra o Padre Paulo Krindges, são os pequenos gestos de boa ação – como por favor, obrigado e desculpas -, que movem os fiéis. “Essas pequenas coisas é que fazem a grande diferença e fazer isso é viver o mandamento do amor que Jesus ensinou para nós.”
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