FOTOS: apaixonado por música mantém acervo de discos de vinil

Olá! Chegamos a 2021, e assim ingressamos em um novo ano em nossas recordações no Espaço Nostalgia, com muita confiança e a expectativa de que a normalidade possa ser restabelecida em nossas vidas. Desejamos a todos os nossos leitores um feliz ano novo, com muitas alegrias e realizações. E esperamos que sigam nos acompanhando a cada duas semanas, nas edições das quartas-feiras, com essas viagens afetivas apoiadas em coleções, lembranças, brinquedos e objetos.

E o colecionador que destacamos hoje é um apaixonado pela música. Tão apaixonado que mantém há vários anos um acervo com centenas de discos de vinil, os tradicionais long-plays, ou LPs, que também são chamados carinhosamente de bolachões. Pois o santa-cruzense Jeferson Pereira tem algumas raridades no acervo, como um álbum de ninguém menos do que o comunicador e empresário Enio Giovanella. É ou não é começar 2021 com o pé direito?

E lembramos ainda, na primeira edição do ano, dos jogos de bolita, ou clicas, ou bolinhas de gude, brinquedo onipresente entre as gerações de décadas passadas. E também do incrível estereoscópio, o 3D do início do século 20, e as brincadeiras mágicas envolvendo os cowboys e os apaches. Venha conosco!

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Colecionismo
Para começar bem o ano de 2021, vamos conhecer a coleção de discos de vinil do santa-cruzense Jeferson Pereira, funcionário público, artista plástico nas horas de folga e um amante do LP. Casado com a Josi Adriana e pai da Maria Paula, que também herdou o gosto pelos clássicos, o remanescente da geração Coca Cola começou sua coleção há dez anos e, desde então, vem somando mais e mais à sua lista.

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Hoje, Jeferson já tem em seu acervo mais de 700 discos. Comenta ele que já teve mais, mas agora está mais criterioso quanto à qualidade dos LPs. Apesar do gosto eclético, entre tantos, pude observar os de rock nacional, como Legião Urbana, Titãs, Tim Maia, Cazuza, Ultraje a Rigor, Replicantes, Barão Vermelho e muito mais. Como de praxe, não podiam faltar os discos do Rei, Roberto Carlos; inclusive, falta apenas um para completar a coleção desse artista.

Outro que me chamou muita atenção foi um minicompacto com letra e música do Enio Giovanella, figura conhecida nos meios de comunicação, e arranjos do seu Edemar Bender. Outro que aguça a memória de Jeferson é o da Banda Reflexu’s, uma banda brasileira de samba-reggae formada em Salvador, na Bahia, em 1986. Esse foi um dos primeiros exemplares de sua coleção.

É hora de jogar bolita!
Chegaram as férias de verão, com dias que ficaram mais longos, e aí vem a lembrança das tardes estendidas, de unha lixada e câimbra nos dedos. Elas podem ser chamadas de bolinha de gude, clica, bolita; são vários apelidos carinhosos, e inúmeras maneiras de brincar.

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Talvez as duas mais conhecidas eram “Cela” e “Imbo”. Na Cela, as clicas ficavam em um círculo, ou triângulo, e o jogo consistia em retirá-las do local. O Imbo era um buraco feito no chão, e ganhava o poder de abater o adversário quem colocava a bolinha dentro desse bojo.

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A eterna e árdua luta entre cowboys e apaches
Foi pouco antes do Natal que fui buscar na residência do amigo Emigdio Engelmann um dos brinquedos mais queridos que ele guarda em seu acervo. O Forte Apache, brinquedo da década de 1960, ele ganhou quando sua família ainda era proprietária do antigo Hotel Santa Cruz. Engelmann conta que por ali passavam muitos viajantes vendedores, e, em certas ocasiões, as diárias do hotel eram pagas com brinquedos. Tive a tarefa de organizar um ataque entre apaches e cowboys, lembrança do que vivi na década de 80 com o meu próprio brinquedo.

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O 3D que vem do passado
Uma das marcas de fumo mais famosas do Brasil na década de 1910 foi a dos cigarros Veado. Eram produzidos pela Imperial Estabelecimento de Fumo, no Rio de Janeiro, a primeira fábrica de cigarros do País, criada pelo português José Francisco Correia. E foi no século passado que a empresa criou uma superpromoção, que distribuía figurinhas no formato de fotos em 3D, colecionáveis. Para adquirir o estereoscópio, você juntava as embalagens e as trocava pelo equipamento. A companhia anunciava até no rádio, com um jingle próprio, em que uma voz gaiata cantava: “O Brasil só vai fumar cigarros marca Veado. Pita, pita devagar. Pita, pita devagar, para chique ou pé-rapado”.

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