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FOTOS: ameaça, roubos, assassinato; Máscara colecionou crimes antes de ser executado

Foto: Albus Produtora

Brutalmente executado a tiros segundos após cruzar o portão do Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, Maicon Robson Schmidt, o Máscara, era muito conhecido nos meios policiais. Nascido no Bairro Bom Jesus, colecionou ocorrências ao longo de uma vida de crimes. Foram 27 ao todo, desde a primeira, em 2004, por roubo a estabelecimento comercial.

De lá para cá, teve passagens por tráfico de drogas, roubo a joalheria, roubo de carro, roubo a residência, posse ilegal de arma de fogo, associação criminosa, ameaça e outros, em cidades como Santa Cruz, Vera Cruz e Vale do Sol. Sua ligação com a facção Os Manos foi detalhada no júri da semana passada pelos delegados Luciano Menezes e Alessander Garcia.

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O crime

A vida de crimes de Maicon Robson Schmidt, de 37 anos, conhecido pelo apelido de Máscara, foi encerrada na noite dessa sexta-feira. Apontado pela Polícia Civil como integrante da facção Os Manos, ele foi executado com pelo menos dez disparos de pistola calibre 9 milímetros segundos após deixar o Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, por volta das 18 horas.

O assassinato assustou os moradores do Bairro Faxinal Menino Deus. A Gazeta do Sul foi até a cena do crime e conversou com vizinhos da casa prisional. Um deles chegou a pensar que se tratava de um foguetório, pela sequência de disparos efetuados. Esse fato pode indicar que uma pistola com seletor de rajada foi empregada pelos autores no assassinato.

LEIA TAMBÉM: Máscara é condenado a 20 anos de prisão

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Brigada Militar (BM) e Polícia Civil atenderam a ocorrência. Os peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) identificaram 23 cartuchos deflagrados nas imediações do corpo, que ficou na calçada em frente ao presídio. O muro de concreto da casa prisional também tinha algumas marcas de tiro. A maioria dos disparos que acertaram Máscara foi efetuada na cabeça, mas havia perfurações no abdômen e nas pernas. Um tiro chegou a arrancar um pedaço da orelha.

Reta final de Máscara

Os últimos dias em vida de Máscara foram muito turbulentos. Ele cumpria prisão na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC) e foi conduzido ao Fórum de Santa Cruz na quinta-feira da semana passada, para responder em um júri pelo homicídio de Alexsandro Luis dos Santos Mello, conhecido como Abelardo, de 18 anos.

Ele foi acusado de ter sido o autor do assassinato brutal, registrado em 1º de janeiro de 2017, quando chegou até a gravar a execução da vítima. Terminou condenado a 20 anos de prisão. Mesmo com a condenação no Tribunal do Júri, foi liberado pela Justiça em virtude de já ter cumprido uma fração da pena antes do julgamento, podendo progredir de regime – do fechado para o semiaberto.

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LEIA TAMBÉM: Condenado por homicídio na semana passada, Máscara é preso por violência doméstica

Nas ruas novamente, Máscara voltou a cometer crime. Na última quarta-feira, o homem apontado como integrante da facção Os Manos foi preso mais uma vez. Ele foi capturado por uma guarnição da Brigada Militar, acusado de violência doméstica, pois teria agredido sua ex-companheira no Bairro Bom Jesus, após ter ido até a casa dela buscar roupas.

O flagrante foi homologado pelo delegado Róbinson Palomínio, pelo crime de vias de fato. Máscara foi conduzido ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Nessa sexta-feira, recebeu o alvará de soltura da Justiça, para responder por esse crime em liberdade. No entanto, poucos segundos após deixar a casa prisional, foi assassinado.

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O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP). O delegado Alessander Zucuni Garcia está ciente do homicídio e já apura as primeiras informações para chegar na autoria e motivação do delito. Por enquanto, não há suspeitos.

O homicídio de Máscara foi o sexto ocorrido em Santa Cruz do Sul neste ano. As mortes – quatro de homens e duas de mulheres – aconteceram em quatro pontos da cidade, todos na Zona Sul, nos bairros Santa Vitória (3), Faxinal Menino Deus, Santuário e Esmeralda. A média aponta que pelo menos um assassinato tenha acontecido a cada 26 dias no município.

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