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TODA FORMA DE AMOR

FOTOS: alimentação com Danoninho, banhos e passeio; conheça a história da galinha Fofulina

Foto: Albus Produtora

Moradora de Sinimbu, Silvana Buch tem uma rotina inusitada de cuidados com a ave que é tratada como membro da família

Quase todo mundo tem, ou ao menos conhece alguém que tenha, algum animal de estimação. E, apesar de cães e gatos estarem entre os pets mais comuns, outros tipos também conquistam o coração dos tutores. Um exemplo disso é Fofulina, a galinha de estimação de Silvana Graciela de Oliveira Buch, 55 anos, moradora de Sinimbu.

Natural de Curitiba e balonista aposentada, Silvana adotou a galinha com apenas uma semana de vida. Desde então, a ave passou a ser a dona, não só da casa, mas também de todo amor compartilhado entre ela e o marido, Fernando. “Bichinho não é brinquedo. A partir do momento em que você pega, vai até o fim e trata com respeito, carinho e muito amor. E eu a assumi. Ela é a nossa filha. Quem manda aqui é ela. Quando eu saio, me preocupo com ela, o que eu vou comprar, o que ela vai comer e o que vai gostar de brincar”, conta.

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E é por isso que a tutora faz questão de cuidar da melhor forma. Inclusive, deixa claro que a expressão “dormir com as galinhas” – que se refere a quem vai dormir cedo – para a Fofulina, não se enquadra. “Ela não gosta muito de dormir. Se eu fico acordada até as 2 da manhã, ela fica acordada comigo”, diz.

Ao amanhecer, Silvana e a companheira seguem a rotina. “Acordamos, vamos para o quintal brincar, catar minhocas, e depois tomamos café juntas. Ela gosta de comer um pãozinho, ou uma fruta, e depois um Danoninho.” Esse, aliás, é um dos alimentos preferidos dela. São dois por dia, um deles depois do banho, dado uma vez na semana, para não prejudicar a oleosidade das penas.

O pós-banho costuma ser um momento de relaxar. A tutora utiliza o secador de cabelo para secar a galinha, penteia as penas e, antes de colocar a roupinha, passa alguns produtos para deixá-la cheirosa. Outro programa que as duas adoram fazer juntas é passear. “Saio bastante com ela. Coloco no carrinho e vamos para o Centro, lojas, mercado, pracinha, fazemos nosso piquenique. É um ritual de criança mesmo. Ela não tem hábitos de galinha”, observa.

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E é claro que ter uma galinha de estimação causa estranhamento entre as pessoas. “Até hoje o povo ainda fala na rua que daria uma galinhada gostosa, mas acredito que muitos já estão se conscientizando de que bichinho não é brincadeira, e não é só gato e cachorro. Tanto os adultos quanto as crianças gostam dela porque ela adora um colo e é muito carinhosa”, destaca. Mas no fim, o que importa de verdade é o sentimento. “Pra mim, ela é a coisa mais linda do mundo. Nós temos um companheirismo, uma amizade, uma cumplicidade. É a forma mais pura de amor”, completa.

Humanização

O biólogo Andreas Köhler, do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), explica que a humanização dos bichinhos de estimação é um comportamento cada vez mais comum. “Os tutores consideram eles como membro ou parte da família, atribuindo características humanas, físicas, emocionais e comportamentais a esses animais. Seja por gostar demais ou substituir algo”, diz. Contudo, algumas ações dentro da humanização devem ser observadas.

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“Ela pode ser prejudicial porque, em certos casos, impede que os animais sigam o comportamento normal deles por serem adaptados ao estilo humano. Um dos exemplos é a utilização de produtos como perfumes. Por isso, o ideal é permitir que os animais explorem os sentidos da vida natural deles”, orienta.

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