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FOTOS: acusados de assassinato no Várzea negam participação no crime

A manhã no Salão do Júri Juiz Gerson Luiz Petry, no Fórum da Comarca de Santa Cruz do Sul, foi marcada pelo depoimento dos três acusados pelo homicídio de Denian Marcel de Oliveira, de 19 anos, na Rua Irmão Emílio, Bairro Várzea, próximo ao cruzamento com a BR-471, na noite de 27 de agosto de 2018. Sete jurados, todos homens, julgam Anderson dos Santos Ramos, de 26 anos; João Carlos Godoy, de 39; e Deividi dos Santos, de 31 anos.

Em uma investigação da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), chefiada pela delegada Ana Luisa Aita Pippi, os dois primeiros foram identificados como autores dos disparos que vitimaram Denian. Já o último seria o fornecedor das armas para o crime. O ex-pistoleiro Marcelo do Carmo, o Marcelinho, de 36 anos, foi julgado previamente pelo crime e condenado a 14 anos de prisão no último dia 24 de novembro. Na ocasião, em frente aos jurados, confessou ter sido o mandante do assassinato.

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O promotor criminal Flávio Eduardo de Lima Passos, autor da denúncia, representa o Ministério Público (MP). O defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior defende Deividi e João Carlos. Já o advogado José Roni Quilião de Assumpção representa Anderson. A juíza Márcia Inês Doebber Wrasse concedeu aos três réus desta quarta o direito de falar em suas defesas, caso tivessem interesse.

O trio optou por falar em juízo e todos negaram participação no crime. Anderson afirmou que estava junto na ocorrência, mas não disparou contra Denian, nem contra o irmão dele, Kevi, que sobreviveu na ocasião. “Apenas fui junto com outros dois para dar uma volta. Lá no local, um deles me disse que era só pra eu dar uns tiros pra cima. Eu tentei, mas o revólver que eu estava nem disparou”, disse ele.

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Em sua vez, João Carlos Godoy disse que sequer conhecia a vítima, desconhecia os fatos mencionados na denúncia e não participou do homicídio. Falou que tinha uma arma de fogo para se proteger de um homem que, segundo ele, teria assassinado sua irmã. Perguntado se havia conversado com Marcelinho, em virtude de escutas telefônicas em que uma suposta ligação entre eles tinha sido observada, disse que apenas pediu para o mandante uma autorização para matar este homem que teria cometido um feminicídio contra sua irmã.

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“Na cidade não pode matar por matar. Tem que ter a autorização pra matar uma pessoa. Foi apenas isso. Eu nem teria como cometer esse crime, pois vivia cuidando do meu irmão, que possui deficiência.” Por fim, Deividi dos Santos revelou que acredita que por ter antecedentes por porte de arma ele foi vinculado ao crime. “Depois que fui preso com arma, larguei e só queria trabalhar na minha oficina. Apenas porque eu tinha armas antigamente, acabaram me vinculando nesse fato, tanto que não acharam arma nem munições na minha casa quando cumpriram um mandado. Estou quatro anos preso e não tenho nada a ver com isso.”

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Em seu depoimento como testemunha, a delegada Ana Luisa Aita Pippi manteve praticamente a mesma fala do júri anterior sobre o caso, em que Marcelinho foi condenado. Ela ressaltou pontos importantes para a investigação, como as imagens de câmeras apreendidas que mostraram parte da ocorrência.

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Outras três testemunhas de defesa também falaram durante a manhã, todas arroladas pelo advogado José Roni Quilião de Assumpção. Em discurso praticamente idêntico, os três afirmaram que Anderson era trabalhador e tinha família, e que nunca tinham ouvido falar sobre seu envolvimento com a criminalidade. Os debates entre MP e defesas estão sendo realizados durante a tarde.

Delegada Ana Luísa Aita Pippi | Foto: Alencar da Rosa

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