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Fórum regional debateu alternativas para a cadeia produtiva florestal

Integrar, fortalecer e auxiliar no desenvolvimento da cadeia produtiva florestal no Vale do Rio Pardo foi o tema do II Fórum Florestal Regional VRP, realizado nesta sexta-feira, 22, no Parque da Expoagro Afubra. Os palestrantes foram o engenheiro florestal Jorge Antônio de Farias, professor-doutor da Universidade de Santa Maria (UFSM); a agrônoma Fernanda Viana Bender, assessora técnica do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco); o engenheiro florestal Rômulo Trevisan, professor-doutor da UFSM; e Vitorio Slompo, coordenador de Operações Florestais no Rio Grande do Sul da Dexco.

Ao abrir o Fórum, o engenheiro florestal da Afubra, Juarez Iensen Pedroso Filho, disse que o evento buscou integrar e aproximar os atores da cadeia produtiva florestal. “A Afubra, na atuação ao fomento à atividade, tem visto que existem oportunidades e queremos potencializar isso”, disse. Conforme ele, as florestas plantadas são importantes para as cadeias produtivas onde estão inseridas, independente do porte do produtor florestal.

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Farias: união de pequenos produtores para venda conjunta da produção | Foto: Rodrigo Sales

Na palestra “Perspectiva da agricultura familiar”, Jorge Antônio de Farias apresentou três sugestões para a comercialização, visto que há dificuldade de venda de poucas quantidades de madeira. Uma das alternativas apresentadas é a produção e venda integrada entre grupos de pequenos produtores organizados. Outra opção é através de cooperativas para a comercialização. E a terceira sugestão é que a organização seja feita, junto a entidades e instituições que já fazem o fomento aos produtores, como a Afubra e o Sinditabaco, para fornecimento de madeira a grandes empresas.

Analisando o mercado atual florestal, Farias lembrou que o espaço das madeiras sólidas está sendo substituído por MDF em diversos setores, o que levou à redução do número de serrarias. “Este é um dos aspectos que devem ser considerados pelos produtores de florestas”, salientou o engenheiro florestal, elencando outros fatores, como a preferência das grandes empresas em comprar grandes quantidades.

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Fernanda Viana: sustentabilidade florestal na cultura do tabaco | Foto: Rodrigo Sales

Após, Fernanda Viana Bender apresentou o projeto Ações pela Sustentabilidade Florestal na Cultura do Tabaco, criado em 2019 e conduzido pelo Sinditabaco e empresas associadas. O objetivo é compartilhar com os produtores e o corpo técnico das empresas do setor, as boas práticas silviculturais para florestas energéticas destinadas à produção de lenha para cura e secagem das folhas. Ela contou que, atualmente, são 22 unidades de referência em propriedades rurais do Rio Grande do Sul, onde há pesquisa e avaliações das tecnologias aplicadas.

A agrônoma apresentou alguns resultados e aprendizados já observados, como o de que plantios sem matocompetição apresentam maior produtividade e de que os efeitos do clima influenciam bastante. “Mesmo com boas práticas, a disponibilidade hídrica é um fator decisivo no desenvolvimento e na produtividade da floresta”, comentou. Ela lembrou ainda que, para orientação aos produtores sobre plantio, boas práticas e manejo, foram feitos diversos vídeos que estão disponíveis no canal do Sinditabaco no YouTube.

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Trevisan: estratégia de plantio com planejamento visando o uso final | Foto: Rodrigo Sales

E Rômulo Trevisan apresentou a palestra “Da estratégia ao produto final: explorando o planejamento e utilização da madeira”. Ele explicou que a decisão de plantio deve ser feita com base em um planejamento focado no uso final, observando espécie e genética. Elencou ainda aspectos como tratos silviculturais, rotação e valor agregado da matéria-prima como importantes a serem levados em consideração. “Para usar o material, é preciso conhecer a madeira, que é um material orgânico, heterogêneo, poroso, higroscópico e anisotrópico e cada espécie tem suas especificidades”, citou.

Sobre a madeira para energia através da combustão, Trevisan disse que precisa ser madeira com massa. “Quanto mais massa tem a madeira, maior a energia gerada”, resumiu. Ao aconselhar a escolha de espécies adequadas para a finalidade desejada, o palestrante mencionou ainda que a espécie pode ser mais ou menos apta, dependendo também de critérios como manejo e nutrientes. “Para serrados, é preciso observar, por exemplo, se o lenho está em fase juvenil ou adulto”, lembrou. “Técnicas de desdobro e de secagem da madeira são importantes para que se tenha o produto final desejado”, acrescentou.

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Vitorio Slompo: ações de fomento | Foto: Rodrigo Sales

Por fim, Vitorio Slompo ministrou a palestra “Fomento Florestal Dexco”, empresa que tem atuação na área de painéis e florestas e possui uma unidade em Taquari. Com áreas de plantio que produz 56% da demanda por madeira da empresa, foi criada uma ação de fomento florestal, para obtenção junto aos produtores. “Hoje temos 242 produtores em 18 municípios em uma área de 12,8 mil hectares e a parceria está em evolução”, contou. Ele também explicou as diversas formas de fomento da empresa, que vão de permuta de mudas (onde é dada assistência, disponibilizadas mudas e orientação de manejos), até termos de compromisso, arrendamento e parceria florestal, na qual o proprietário cede a área e é feita a divisão do lucro.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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