Fórum da Empregabilidade debate mercado de trabalho mais inclusivo

Com o objetivo de conscientizar as empresas e estimular a pessoa com deficiência a romper barreiras e ingressar no mercado de trabalho, foi realizado nessa quinta-feira, 25, em Santa Cruz do Sul, o 1º Fórum Municipal da Empregabilidade da Pessoa com Deficiência. O evento somou cerca de 180 inscritos, 75 deles pessoas com deficiência. Com promoção do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Compede), por meio da Prefeitura, juntamente com a agência FGTAS/Sine, a atividade teve parceria da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE).

Além de oficinas e outras atividades, o público acompanhou palestras sobre o ingresso desse público no mercado de trabalho. A presidente do Compede, Francine Beatriz da Silva, emocionou-se ao falar sobre a quantidade de pessoas presentes que se dispuseram a debater o tema. “Por isso estamos juntos, para que essas pessoas possam ter o seu trabalho na nossa Santa Cruz, assim como se desenvolverem, estudarem e buscarem capacitação”, afirmou.

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O coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, ressaltou a participação dos estudantes e a necessidade de outros municípios seguirem o exemplo de Santa Cruz. “Assim, teremos uma sociedade mais fraterna e humana, onde qualquer cidadão, onde quer que esteja, tenha seus direitos preservados.” Representando a Câmara, o vereador Gerson Trevisan disse que, embora o projeto seja piloto, a intenção é tornar o encontro permanente na cidade. “Que possamos estimular práticas empreendedoras e de empregabilidade para pessoas com deficiência.” 

A secretária de Desenvolvimento Social, Roberta Pereira, disse que o município está se tornando cada vez mais inclusivo com pequenas ações no dia a dia. “O evento é muito importante não apenas para discutirmos essa temática, mas para defendê-la”, apontou. Já o diretor-presidente da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), José Scorsatto, defendeu que todas as pessoas devem ser o centro das atenções. “Nossa palavra-chave é a inclusão. Como intermediação do trabalho, temos uma missão muito clara de dar possibilidades de empregos para todas as pessoas.”

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Representando o governador Eduardo Leite, o diretor do Departamento de Diversidade e Inclusão, da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Moisés Bauer, salientou que as pessoas com deficiência têm dificuldades, mas acima de tudo apresentam capacidades, habilidades, talento e condições efetivas de colaborar com o empresariado. “Que consigamos cada vez mais entender isso e aprofundar esses temas, para eliminarmos barreiras atitudinais.”

“O poder público precisa saber avaliar a positividade de cada um e fazer com que cada ser humano se sinta bem dentro do que está produzindo”, afirmou a prefeita Helena Hermany. “O importante é saber colocar a pessoa certa no lugar certo.” Ela também lembrou dos avanços no município em relação à inclusão e disse que o governo quer tornar Santa Cruz cada vez mais uma cidade para todos. “Nos elegemos com o slogan de cuidar de todas as pessoas, para que elas tenham oportunidades e possam mostrar seu potencial.”

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Para sensibilizar

Um dos objetivos do fórum, segundo a coordenadora da agência FGTAS/Sine em Santa Cruz, Solange Finger, foi sensibilizar as empresas para que contratem funcionários para além das cotas, “para não serem pessoas que estão entrando apenas para cumprimento de uma lei”. Ela salientou que a meta é aumentar o mercado de trabalho para pessoas com algum tipo de deficiência. 

Quem estava buscando por uma oportunidade era Diego Ivan Grassel, de 29 anos. Desempregado desde o ano passado, ele possui experiências anteriores. “Estou procurando um trabalho em qualquer área, mas se eu conseguisse no âmbito da comunicação, seria bem melhor, pois é o que eu mais gosto”, contou.

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Além de conhecimentos adquiridos nos trabalhos anteriores, Diego é vice-presidente do Compede e integra a equipe de basquete em cadeira de rodas da Associação Santa-Cruzense de Pessoas com Deficiência Física (Aspede). Ele frisou a relevância da execução do Fórum de Empregabilidade. “Eu espero que consigamos fazer mais vezes; um por ano, pelo menos. A ação dá muitos frutos, com a participação de muitas pessoas e das empresas”, observou. 

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