Se a resposta da Brigada Militar (BM) foi imediata à notícia da investigação do Ministério Público (MP) sobre o “abre-e-fecha” de um bingo clandestino na Rua Dorval Martins, no Bairro Ana Nery, em Santa Cruz do Sul, é possível dizer que os responsáveis pelo ponto também estão reagindo com rapidez ao trabalho da Promotoria.
Os primeiros sinais disso já puderam ser observados nessa segunda-feira, 6. Os tapumes de ferro que davam um aspecto de fortaleza ao prédio, também cercado por arame farpado, foram retirados. O lugar ficou conhecido por reabrir em poucos dias, ou mesmo em horas, após as operações policiais.
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Para o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, a ação dos responsáveis pelo ponto certamente decorre da atuação do MP no caso e da operação realizada pela BM na última sexta-feira. “O proprietário e a locatária ainda estão no prazo para nos responderem se aceitam ou não o termo de ajustamento de conduta. As obrigações para eles foram na medida do que já está sendo feito: de não mais o proprietário permitir que a locatária desenvolva qualquer tipo de atividade ilegal no imóvel, e a ela, para não exercer mais a atividade de bingo no local. E esse fato, a retirada da proteção, vai ao encontro disso”, comentou Barin.
Ainda segundo o promotor, os responsáveis devem pagar multa pelo tempo em que o bingo funcionou. “Eles têm um prazo, até o final dessa semana, para nos responder se concordam ou não com o acordo que estamos propondo. Ao final da nossa investigação, vamos encaminhar esse procedimento à Polícia Civil para analisar o caso no âmbito criminal.”
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A retirada dos tapumes pelos responsáveis complementa a ação do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), que realizou uma ofensiva no local na última sexta-feira, 3, e flagrou cerca de 40 pessoas fazendo apostas. Na ocasião, os policiais apreenderam 50 monitores, 44 CPUs, R$ 178,50, cartelas de jogo de bingo e anotações de jogos. O trabalho ocorreu no mesmo dia em que a investigação do Ministério Público foi revelada com exclusividade pela Gazeta do Sul.
A reportagem de duas páginas trouxe detalhes do trabalho da Promotoria. O objetivo é dar um fim à atividade criminosa no imóvel após várias operações das forças de segurança, ao longo dos últimos meses, que não tiveram sucesso em fechar definitivamente o bingo. “Realizamos muitas abordagens nesse local, que reincide na contravenção penal. Tivemos uma solicitação do promotor Barin e efetuamos mais uma ação, em que flagramos pessoas jogando e apreendemos o material”, disse o comandante do 23º BPM, major Fábio Vilnei da Silva Azevedo.
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O major ressalta o empenho da Brigada no combate ao crime, mesmo diante da possibilidade de o bingo se mudar para outro lugar, menos visado, para manter a jogatina e sugar o dinheiro dos apostadores. “As informações sobre novos pontos acabam vazando, até mesmo pelos próprios jogadores. Quando tomarmos ciência de qualquer ilegalidade, faremos as abordagens para identificar os envolvidos e apreender o material”, frisou.
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